Terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Chuva quase sem trégua causou transtornos em Porto Alegre nesta quarta-feira

Mesmo de fora da lista da Defesa Civil estadual sobre as 100 cidades gaúchas mais afetadas pelo excesso de chuvas desde a semana passada, Porto Alegre foi cenário dos mais diversos transtornos nesta quarta-feira (13). A água que caía de forma quase ininterrupta sobre a Capital causou alagamentos, quedas de árvores, faltas pontuais de luz e lentidão no trânsito, dentre outros problemas.

A prefeitura informou até o início da tarde nenhum atendimento de emergência havia sido solicitado. Mas a Defesa Civil monitora de perto a situação em áreas próximas do Guaíba, tanto em bairros da Zona Sul quanto na região das Ilhas. O chefe do Executivo, Sebastião Melo, manifestou-se durante a manhã:

“Tranquilizo a população lembrando que todos os órgãos municipais, especialmente a Defesa Civil, estão atuando neste momento para minimizar os problemas decorrentes das chuvas na cidade”.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) somou dezenas de ocorrências em razão da chuva. Na maioria dos casos, o problema era semáforo fora de operação devido a falhas na distribuição de energia elétrica.

Na Zona Sul, três arroios apresentaram pontos de transbordamento já durante a manhã: Cavalhada, Capivara e Guarujá. Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), a situação decorre do represamento do Guaíba. A situação é monitorada pelas equipes do órgão.

As aulas foram suspensas na Instituição de Educação Infantil Anjo das Flores, localizada no bairro Arquipélago, em razão de um alagamento. As demais unidades da rede municipal e parceiras funcionaram normalmente.

O posto de saúde da Ilha da Pintada, no bairro Arquipélago, permaneceu fechada em razão de problemas causados pela chuva. Já nas unidades Morro da Cruz (sem internet), Milta Rodrigues (sem energia elétrica) e Glória (pontos de alagamento) o atendimento foi prestado com restrições conforme cada local.

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb) recebeu quatro protocolos de queda de árvore pelo sistema 156. Destes, um foi atendido ainda durante a madrugada. As equipes da pasta e do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) estão nas ruas para o atendimento à população.

A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) prepara, de forma preventiva, a abertura de três estruturas de acolhimento, cada uma com capacidade para até 50 pessoas: Extremo-Sul, Sul e Região das Ilhas.

“Apesar de ainda não termos pessoas desabrigadas e desalojadas em razão do mau tempo na Capital, estamos mobilizados em ações preventivas que visam garantir a integridade física da população até o fim deste fenômeno climático”, ressalta o coordenador-geral da Defesa Civil de Porto Alegre, Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior.

Prioridade

A administração municipal mantém o foco de preocupação nas regiões ribeirinhas. Na medição mais recente apontou o nível do Guaíba em 2,08 metros na Ilha da Pintada, acima da cota de alerta (2 metros) e, para piorar, com tendência de elevação. Na régua do Cais Mauá, a profundidade é de 2,4 metros – 15 centímetros abaixo do índice de alerta.

“Queremos pedir à população que, se puder, permaneça em casa. Isso contribui muito para o nosso trabalho. Também apelamos às pessoas que vivem nas áreas de risco para que não esperem os arroios encherem e tomem a decisão de ir para a casa de um familiar, ou buscar acolhimento junto à prefeitura, imediatamente”, orientou Sebastião Melo.

(Marcello Campos)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Porto Alegre

Cerca de 23 mil gaúchos estão fora de casa por causa do ciclone. Destes, mais de 2,3 mil perderam suas residências
Justiça Federal nega pedido de indenização a policial impedido de votar armado no interior do Rio Grande do Sul
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play