Sábado, 18 de maio de 2024

Chuvas deixam presídios ilhados e presos são transferidos no RS

Diversas penitenciárias gaúchas foram afetadas pelas tempestades no Rio Grande do Sul, de acordo com a Secretaria de Comunicação do Estado. “Há dificuldade de acesso a alguns estabelecimentos por conta do bloqueio de estradas, oscilação de internet e telefonia, mas sem afetar a segurança”, informou a Secom.

No município de Charqueadas, inundado pela elevação rápida do Rio Jacuí, presídios estão ilhados. Pelo menos 1.057 presos foram transferidos da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ) para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Os demais detidos na PEJ foram transferidos para galerias superiores da própria casa prisional, segundo a pasta.

“Todas as movimentações ocorreram em caráter emergencial e temporário”, diz a secretaria. “Quando a situação normalizar, todos retornarão para a unidade de origem”, seguiu a pasta em nota.

Mesmo ilhadas, penitenciárias de Charqueadas operam normalmente, diz a Secom. A secretaria informou ainda que a Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC), o Instituto Penal de Charqueadas (IPCH), a Penitenciária Estadual de Charqueadas II (PEC II) e a Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro “estão ilhados, mas operando dentro da normalidade”.

Em outras regiões gaúchas, unidades prisionais do Vale do Rio Pardo estão sem abastecimento de água e operam apenas com reservatório. Penitenciárias do Vale do Taquari foram abastecidas por caminhões pipa, de acordo com a secretaria.

Outra unidade atingida foi o Presídio Estadual de Arroio do Meio. Unidade está isolada devido à queda de pontes e ao bloqueio da estrada local, ainda conforme a Secom.

Ministério da Justiça pediu informações sobre situação de presídios. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, enviou ofícios ao governo estadual para cobrar informações sobre as ações estaduais que estão sendo adotadas nas unidades prisionais atingidas.

Os documentos foram encaminhados a autoridades no RS. O pedido de explicações foi enviado ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ao superintendente dos Serviços Penitenciários do estado, Mateus Schwartz dos Anjos, e ao secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana.

Questionada, a Secom informou à reportagem que a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS) e a Polícia Penal “estão monitorando de perto a situação e tomando as medidas necessárias para garantir a segurança dos servidores e das pessoas privadas de liberdade”.

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