Domingo, 15 de junho de 2025

Cientistas editam fígado geneticamente para reduzir colesterol

Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) editaram um fígado geneticamente para reduzir a produção de colesterol, conforme descreve um relatório publicado pelo MIT Technology Review nesta semana.

O estudo aconteceu com um paciente na Nova Zelândia, que recebeu uma injeção apelidada de Verve-101. A ideia é que essas edições genéticas reduzam permanentemente os níveis de colesterol LDL, uma molécula gordurosa que em níveis excessivos pode entupir as artérias.

Os autores do estudo explicam que o Verve-101 se trata de um medicamento de edição de genes de primeira classe projetado para fazer uma única alteração no DNA do fígado para desativar permanentemente um gene causador de doenças. Se for seguro e eficaz, pode ajudar a evitar ataques cardíacos, por exemplo.

Se o experimento funcionar, pode sinalizar um uso muito mais amplo da edição de genes para evitar condições comuns. Grandes faixas da população mundial têm LDL muito alto, e é difícil a tarefa de controlá-lo. Os pesquisadores envolvidos acreditam que reduzir o LDL de forma agressiva e mantê-lo baixo ao longo da vida pode essencialmente impedir a morte por doenças cardiovasculares.

Depois desse primeiro teste em humanos, a ideia agora é inscrever cerca de 40 pacientes adultos com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HefH), uma doença genética hereditária que causa níveis perigosamente elevados de colesterol, para avaliar a segurança e tolerabilidade da injeção capaz de editar os genes do fígado.

Fora do corpo

Médicos da University of Zurich (Suíça) conseguiram preservar um fígado fora do corpo humano por três dias e depois transplantar em um paciente. O feito inusitado foi descrito em artigo científico publicado na revista Nature Biotechnology.

O fígado em questão pertencia a uma mulher de 29 anos, mas apresentava uma lesão, então precisou passar por um tratamento de, no mínimo, 24 horas (o dobro do tempo que um órgão pode permanecer fora do corpo humano e sem a conservação normalmente utilizada para que sejam feitos os transplantes).

Com essa questão em mãos, os médicos recorreram a uma técnica chamada perfusão normotérmica ex situ, e supriram o órgão com sangue, imitando a pressão e temperatura corporal de um organismo vivo. O equipamento ajudou até mesmo a imitar o ritmo de uma respiração humana e a monitorar a produção de bile (substância essencial para a absorção de vitaminas).

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