Segunda-feira, 03 de novembro de 2025

Cientistas italianos identificam cinco descendentes vivos de Leonardo Da Vinci

Uma equipe de cientistas italianos identificou cinco descendentes vivos do renascentista Leonardo da Vinci. Todos são homens e vivem na Toscana, não muito longe da região onde nasceu o pintor da “Mona Lisa”. Eles possuem DNA que corresponde a segmentos do cromossomo Y extraídos dos ossos do polímata, enterrado com a família na Igreja de Santa Croce, na cidade de Vinci.

Os cinco descendentes identificados de Da Vinci parecem compartilhar algumas excentricidades e paixões de seu ilustre antepassado. O mais velho deles, Dalmazio Vinci, de 89 anos, é apaixonado por aviação: começou construindo aeromodelos e tirou licença de piloto. Também construiu alguns dos primeiros carrinhos de rolimã motorizados da Itália, a partir de cortadores de grama, e chegou a inventar novos sistemas de hélices para aviões e de refrigeração para navios, mas nunca patenteou nada. Da Vinci também sonhava ganhar os céus e projetou um ornitóptero, uma máquina voadora.

Já Mauro Vinci, de 79 anos, é um artesão cuja tapeçaria adorna o leito de pessoas famosas, como o presidente russo Vladimir Putin. Bruno Vinci, de 81 anos, trabalhou como metalúrgico e lembra que seu pai e suas tias passaram anos tentando provar (sem sucesso) que descendiam de Da Vinci.

“Me perguntaram tantas vezes, de brincadeira, ‘então, você é descendente de Leonardo da Vinci?’. No fim, acabou sendo verdade”, disse Giovanni Vinci, técnico aposentado que trabalhou em um escritório de engenharia municipal, ao jornal britânico The Telegraph.

O mais novo dos descendentes é Milko Vinci, que, como seu ancestral famoso, é canhoto. “Desde pequeno, sempre gostei de desmontar as coisas para ver como funcionam”, disse Milko, acrescentando em tom de brincadeira que dizer “igual a Leonardo” seria “um grande exagero”.

Há anos uma equipe de pesquisadores, historiadores, biólogos moleculares e antropólogos forenses vem rastreando cuidadosamente a ancestralidade da família de Leonardo da Vinci. O resultado é uma árvore genealógica que remonta a 1331 e inclui a 21 gerações e mais de 400 pessoas.

Da Vinci morreu em 1519 e não deixou filhos. Acredita-se, porém, que ele teve 22 meios-irmãos. Pesquisadores afirmam já ter identificado 15 descendentes direitos do pai dele e suspeitam que a mãe do pintor, Caterina, pode ter sido uma mulher escravizada trazida do Leste Europeu.

Lançado em 2016, o projeto que reconstitui a árvore genealógica do renascentista obteve recursos de diversos parceiros, públicos e privados, da Itália e dos Estados Unidos, e foi coordenado pela Universidade Rockefeller. Os pesquisadores se concentraram no rastreio do cromossomo Y, que é transmitido inalterado de pai para filho.

“Nossa meta ao reconstruir a linhagem da família Da Vinci até os dias atuais é possibilitar a pesquisa científica sobre seu DNA”, afirmou Alessandro Vezzosi, um dos pesquisadores. “Com a recuperação do DNA de Leonardo, esperamos entender as raízes biológicas de sua extraordinária acuidade visual, criatividade e, possivelmente, até aspectos de sua saúde e as causas de sua morte.”

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