Sábado, 04 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 6 de março de 2022
Está prevista para este domingo (06) a reabertura dos corredores humanitários para a saída de civis. Os corredores foram desativados no sábado (05) por conta da quebra do cessar-fogo pela Rússia, acusou a Ucrânia.
Também neste domingo, um posto de retirada de civis foi atingido por disparo perto de Kiev e duas crianças morreram, afirmaram autoridades. Ainda não há informações sobre feridos. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 1,5 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia para países vizinhos.
Diante da troca de acusações sobre um cessar-fogo para permitir a evacuação de civis, a OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou neste domingo que ataques a hospitais foram realizados na Ucrânia.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que as ofensivas militares aos centros de saúde “causaram várias mortes e feridos”. A entidade ainda afirmou que investiga outros ataques a hospitais na região.
“Ataques a instalações de saúde ou trabalhadores violam a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário”, pontuou o diretor-geral da OMS. Em seu post nas redes sociais, no entanto, Tedros não mencionou nominalmente a Rússia, que realiza uma invasão à Ucrânia há 11 dias.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que é o garantidor da evacuação de civis com o cessar-fogo da Rússia contra a Ucrânia, informou que a retirada de pessoas Mariupol e Volnovakha, ambas na Ucrânia, não começou no sábado (5), como havia sido inicialmente anunciado, por causa do conflito. A Ucrânia acusa a Rússia de violar o cessar-fogo e anunciou o adiamento da retirada de civis de Mariupol.
O ministério da Defesa da Rússia anunciou durante a madrugada o cessar-fogo nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovakha para permitir a liberação de corredores humanitários para a fuga de civis. Mas, Pavlo Kyrylenko, governador da região de Donetsk, no leste ucraniano, publicou em seu perfil no Twitter às 12h45, no horário local, que a evacuação seria adiada.
“Devido ao fato de que os russos não observam o regime de silêncio e continuam bombardeando Mariupol e seus arredores, por razões de segurança, a evacuação da população foi adiada”, disse.
Já o Ministério da Defesa da Rússia alega que “forças russas foram atacadas depois de estabelecer os corredores humanitários” e acusou “nacionalistas ucranianos” de impedir a retirada de civis.