Quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Claudia Raia: “Sou polêmica porque falo do prazer da mulher e de como ela deve se libertar das amarras”

Libertária, polêmica e sem tabus. Claudia Raia não se incomoda com nenhum desses rótulos, muito pelo contrário, a artista concorda com eles e tem usado suas experiências pessoais e sua arte para desmistificar estigmas envolvendo as mulheres. Um deles é a menopausa, tema do espetáculo que a atriz estrela ao lado do marido, Jarbas Homem de Mello, no Teatro Claro Mais, em São Paulo. Em conversa com exclusiva com a Quem, a artista, de 58 anos, fala da produção, da sua própria experiência e como foi engravidar nesse período.

“A menopausa, na minha opinião, é o momento mais severo da mulher”, comenta Claudia, que sofreu muito com calores excessivos, insônia e, principalmente, irritabilidade. “Eu mesma não me suportava, tanto que eu sofri uma intervenção do Jarbas com os meus filhos.” Por outro lado, a falta de libido, um sintoma comum em muitas mulheres, não foi um problema. “Eu tinha uma libido muito alta. Acho que equilibrou, sabe? O que era muito, ficou normal”, explicou a protagonista da peça Cenas de Menopausa.

Aos 55 anos, após uma tentativa frustrada de FIV (Fertilização in Vitro), Claudia viveu o que achava improvável: uma gravidez aos 55 anos já na menopausa. Além de Luca, de 2, fruto da sua relação com Jarbas, a artista também é mãe de Enzo Celulari, de 28, e Sophia Raia, de 22, ambos do antigo casamento com Edson Celulari. A experiência de se tornar mãe 25 anos depois da primeira gestação fez a atriz perceber que precisava desacelerar um pouco.

“Quando você tem 30 anos, você quer estar em todos os lugares e quer fazer todas as coisas ao mesmo tempo. Quando você tem 56, você sabe onde você quer estar”, afirma. “Eu ainda trabalho muito, muito mesmo, e o Luca me deu uma lição. Ele começou a me rejeitar. O subtexto era: ‘Você quis me ter com 56 anos e vai continuar trabalhando igual, sem me ver, é isso mesmo?’. Ele virava de costas para mim, tá? Ele me rejeitava mesmo. Comecei a pensar: ‘Que loucura isso. Fiz tanto esforço para ter ele’. Percebi que precisava ter um tempo para ele e isso mudou completamente nossa relação. Pelo menos uma ou duas horas por dia, eu estou dedicada a ele. Só Deus sabe o que eu tenho que fazer na minha agenda para dar certo.”

Como uma figura pública, Claudia também sente que criar um filho nos dias de hoje tem outros desafios. “Com o Enzo e a Sofia, não tinha não tinha rede social, então era um pouco diferente. A gente tinha um pouquinho mais de controle sobre as coisas. Mas eu e Jarbas somos muito tranquilos com isso, assim como eu era com Edson [Celulari]. Meus filhos lidam muito bem com a coisa da fama dos pais. Acho que é só o jeito que você conduz. Posto várias coisas do Luca, porque acho uma graça e eu quero dividir com meus fãs, mas não sinto que eu estou expondo ele”, pontua.

Com a maturidade, a artista também aprendeu a escolher suas batalhas e a ser menos franca. “Passei a escolher o que eu falo e para quem eu falo e a não perder mais o meu tempo. Antes, eu queria salvar o mundo. Tinha meio síndrome de Deus, de achar que tudo eu decido e que tudo eu resolvo. A pessoa nem me pedia ajuda e eu já estava ajudando”, explica.

Por outro lado, ela segue não escondendo o que pensa. “Não ser dessa geração tem as suas vantagens, porque eu não passo o dia inteiro no celular olhando o que as pessoas acham de mim ou vendo os comentários. O cancelamento é o grande terror dessa geração, mas não tenho medo de falar. Eu sou polêmica, não adianta, porque eu falo do prazer da mulher e como a mulher deve se libertar dessas amarras todas. Tudo isso incomoda e ninguém aceita.”

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