Quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Com a presença da família Bolsonaro, Bia Kicis lança pré-candidatura ao Senado e embaralha disputa no Distrito Federal

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) anunciou, na noite de terça-feira (11), sua pré-candidatura ao Senado pelo Distrito Federal. No evento de lançamento, a parlamentar recebeu o apoio de nomes como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

O anúncio embaralha a corrida eleitoral pelas duas vagas ao Senado, que já tem Michelle entre as principais cotadas para formar a chapa do PL, como deseja o ex-presidente Jair Bolsonaro. No campo conservador, porém, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), também já sinalizou a vontade de ocupar uma das cadeiras em uma “dobradinha” com a ex-primeira-dama.

“É uma caminhada por um Senado de coragem, feito por homens e mulheres de coragem, que farão o que deve ser feito para que os Poderes voltem para o seu desenho constitucional e a gente possa, enfim, ter justiça neste País”, afirmou Kicis.

Em seu discurso, a deputada também afirmou que “deu esse passo” não só por ser um pedido de seus eleitores, mas também por “respeitar as lideranças” do partido e ter o apoio de Michelle, que a acompanhou no palco.

A ex-primeira-dama lembrou os 100 dias da prisão do ex-presidente Bolsonaro, criticando o fato dele não poder se manifestar publicamente. Michelle ainda disse aos apoiadores que a bandeira do Brasil “jamais será vermelha”, e afirmou que o objetivo é ter um “Congresso forte e renovado” em 2026.

“Obrigada por esse apoio a nossa deputada mais votada, que, com certeza, tem um projeto lindo para o nosso Distrito Federal através dessa cadeira (no Senado). Vamos lutar para eleger Bia Kicis senadora. Mulheres, vamos reagir. Jovens, vamos reagir. Nós temos inocentes presos”, discursou.

Outro a mencionar o ex-presidente foi Flávio, que, abraçado com Kicis, puxou o coro de “volta, Bolsonaro” e firmou o compromisso de “resgatar o Brasil”. Valdemar Costa Neto também declarou apoio à parlamentar e, nas redes sociais, definiu o evento como “uma noite promissora para a direita” e “um passo em direção à vitória”.

O presidente do PL confessou ter ficado “surpreso” com “tanta gente boa” presente no lançamento. Outros nomes que estiveram no local foram os senadores Izalci Lucas (PL-DF), Rogério Marinho (PL-RN) e Márcio Bittar (PL-AC), o deputado federal Alberto Fraga (PL- DF) e o ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao Senado na Paraíba, Marcelo Queiroga (PL-PB).

A pré-candidatura de Kicis coloca mais um nome da direita entre os cotados para concorrer às duas vagas ao Senado. Em setembro, em entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense, a parlamentar já havia afirmado que o DF “tem duas candidatas ao Senado, eu e Michelle”. A líder do PL Mulher, apesar disso, não confirmou a movimentação.

Michelle reacendeu os rumores sobre sua candidatura em julho deste ano ao publicar seu novo título eleitoral, vinculado ao Distrito Federal, que havia sido transferido para o Rio de Janeiro. “A boa filha retorna à sua casa. Novamente, eleitora em Brasília”, escreveu.

Uma semana antes, ela negou ter um acordo para concorrer ao Senado em uma aliança com Ibaneis Rocha. O posicionamento ocorreu após um encontro do governador com Bolsonaro e Michelle no aniversário do bispo evangélico JB Carvalho, em meados de julho.

Ibaneis afirmou ter falado com a ex-primeira-dama sobre o acordo para a disputa ao Senado – conversas que, segundo ele, estariam avançando –, conforme informações do portal Metrópoles. “A foto publicada foi registrada em um momento de celebração pelo aniversário do Bispo JB, em sua casa, e não em uma reunião política”, negou Michelle nas redes sociais.

Em fevereiro deste ano, contudo, Bolsonaro ressaltou que Michelle “aceitou” concorrer ao Senado pela legenda em 2026. “O que eu lutei muito para ela aceitar foi o cargo no Senado, assim como meu filho. Ela deu sim, mas espero que ela venha”, disse em entrevista ao portal Leo Dias.

Outra situação similar ocorre em Santa Catarina, onde o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) acirrou a disputa da direita pelas vagas ao Senado, que também tem a deputada federal Carol de Toni (PL-SC) e o senador Esperidião Amin (PP-SC) – este com apoio do governador Jorginho Mello (PL). O acordo com Amin e o PP busca garantir a Jorginho mais tempo de TV e o palanque de um dos políticos mais experientes do estado, mas deixa apenas uma vaga para o PL na chapa conservadora. (Com informações do jornal O Globo)

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