Quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Com a presença de políticos gaúchos, Aécio Neves assume o comando do PSDB

Com a presença do prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata (PSDB), e do vereador de Porto Alegre Moisés Barboza (PSDB), o deputado Aécio Neves (MG) tomou posse como novo presidente nacional do PSDB nesta quinta-feira (27).

Durante evento em que assumiu o controle da Executiva do partido, Aécio afirmou que pode fechar apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele se candidate à presidência no ano que vem.

Entretanto, que para que isto ocorra, Tarcísio “não pode ser candidato apenas de Bolsonaro”. A manifestação pode isolar outros nomes da direita que tentam o apoio de partidos de centro para se cacifar à disputa, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e até mesmo o agora tucano Ciro Gomes (CE), que não descarta se lançar no ano que vem.

“Se Tarcísio for apenas o candidato de Bolsonaro, não o apoiaremos”, disse o parlamentar, que deixou claro que as negociações ainda estão em andamento e que tudo dependerá dos próximos movimentos do governador de São Paulo.

Apesar de fazer a ressalva em relação ao vínculo entre Tarcísio e Bolsonaro, Aécio contou com a presença de lideranças bolsonaristas no evento em que oficializado como presidente da legenda. O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes, e o líder de Bolsonaro na Casa, Sóstenes Cavalcante (ambos do PL do Rio) fizeram discursos em cima do palco, ao lado de Aécio. Em suas falas, ressaltaram a admiração mútua e fizeram críticas diretas ao PT.

“Eu aprendi a fazer oposição vendo o PSDB atuar contra os petistas, admirava Fernando Henrique e os posicionamentos do partido”, disse Sóstenes, para aplausos de Aécio.

Líder dos tucanos, Aécio também mirou a gestão petista e se disse “injustiçado” pela Operação Lava-Jato. Ele reforçou o plano de eleger 30 deputados federais e “recolocar o PSDB no tabuleiro político”, em 2026.

Presente ao evento, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) disse que “o fortalecimento do PSDB é o fortalecimento do debate saudável no Congresso. A presença dos bolsonaristas, entretanto, não ocorreu sem mal-estar: depois das falas de deferência dos bolsonaristas, um telão exibiu um vídeo institucional do PSDB, no qual um narrador dizia que o país estava cansado da polarização política.

Enquanto o texto era lido, imagens dos deputados Nikolas Ferreira e Eduardo Bolsonaro em embates com petistas foram exibidas. Os presentes não comentaram a veiculação.

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