Sábado, 25 de janeiro de 2025

Com mais três mortes, sobem para 20 os casos fatais de dengue no Rio Grande do Sul este ano. Governo gaúcho decreta situação de emergência

A confirmação de mais três mortes ampliou para 20 os casos fatais de dengue no Rio Grande do Sul desde o início do ano. De acordo com informações dessa terça-feira (12), as vítimas mais recentes são uma mulher de 58 anos em São Leopoldo (Vale do Sinos), outra de 81 em Santa Rosa (Noroeste gaúcho) e um homem de 76 em Iraí (Região Norte). A onda de casos da doença motivou o governo do Estado a decretar situação de emergência em saúde pública.

O objetivo é reforçar ações de prevenção e controle, bem como o atendimento a pacientes em um cenário de risco epidemiológico. Com o decreto, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) poderá destinar (e receber do governo federal) com maior agilidade os recursos necessários à compra de medicamentos e vacinas, dentre outros, sem os trâmites burocráticos de uma licitação, por exemplo.

Transcorridos dois meses e meio desde o início do ano, 15 cidades gaúchas tiveram perdas humanas relacionadas à doença, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Confira o ranking estadual em ordem decrescente, conforme estatística disponível no site dengue.saude.rs.gov.br:

– Santa Rosa: 3 mortes.
– Tenente Portela: 3 mortes.
– Frederico Westphalen: 2 mortes.
– Araricá: 1 morte.
– Canoas: 1 morte.
– Cerro Largo: 1 morte.
– Cruz Alta: 1 morte.
– Giruá: 1 morte.
– Independência: 1 morte.
– Iraí: 1 morte.
– Lajeado: 1 morte.
– Novo Hamburgo: 1 morte.
– Santa Cruz do Sul: 1 morte.
– São Leopoldo: 1 morte.
– Vista Gaúcha: 1 morte.

A exemplo do que ocorreu no ano passado (não só no Rio Grande do Sul), a maioria das mortes pela doença têm como vítimas indivíduos idosos (a partir dos 60 anos) e com comorbidades (doenças crônicas potencialmente agravantes em quadros de dengue e covid, por exemplo). Ambos os segmentos populacionais estão entre os de maior risco em caso de contaminação pela picada do inseto transmissor – a fêmea do mosquito Aedes aegypti.

Quase 18 mil gaúchos já receberam teste positivo para a doença neste ano, dos quais 15,1 mil foram contaminados pelo inseto dentro do próprio Estado (casos conhecidos como “autóctones”). Outros 10,8 mil casos suspeitos são investigados. Os números apresentam crescimento diário e constante.

Novo Hamburgo concentra a maioria das notificações (2.891). Na sequência aparecem Tenente Portela (1.916), Santa Rosa (1.726), São Leopoldo (1.288) e Três Passos (953).

Prevenção e sintomas

As autoridades estaduais reforçam a importância de se procurar atendimento nos serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito.

Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da  eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada. Confira os sinais mais característicos da dengue:

– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.

– dor retro-orbital (atrás dos olhos).

– dor de cabeça.

– dor no corpo.

– dor nas articulações.

– mal-estar geral.

– náusea.

– vômito.

– diarreia.

– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).

 

(Marcello Campos)

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