Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 5 de julho de 2025
Com aprovação em baixa nas pesquisas de opinião e em busca de marcas para o terceiro mandato, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem intensificado agendas relacionadas ao programa “Agora tem Especialistas”, focado na redução do tempo de espera por atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). As ações envolvem outras pastas além do Ministério da Saúde, e preveem até mesmo a escalação da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, em agenda sobre o tema.
Neste sábado, 5, ministros do governo rodaram o País para acompanhar um mutirão de consultas, exames e cirurgias que será feito nos 45 hospitais universitários federais. A lista de todos os ministros que vão participar inclui os ministros Camilo Santana (Educação), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), Margareth Menezes (Cultura), Márcia Lopes (Mulheres) e Márcio Macedo (Secretaria Geral da Presidência da República).
O Ministério da Saúde confirma que Janja também participará do lançamento no Rio, onde o presidente Lula foi por causa do encontro dos Brics. O Agora tem Especialistas é uma das apostas do governo como propaganda positiva durante as eleições de 2026.
Durante o chamado “Dia E” — em referência à inicial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que faz a gestão dos hospitais universitários —, a expectativa é que sejam feitas 1000 cirurgias eletivas, 5600 exames e 1200 consultas. Os mutirões são um dos mecanismos previstos no Agora tem Especialistas para ampliar o acesso da população à atenção especializada.
O programa é uma proposta de Lula desde a campanha e chegou a ser lançado no ano passado pela ex-ministra Nísia Trindade. Houve uma avaliação, no entanto, de que o formato adotado pela gestão anterior da Saúde estava aquém das expectativas e não tinha sido suficiente para imprimir uma marca do governo na área. A dificuldade em fazer o programa engrenar e trazer holofotes para ações da pasta foi um dos motivos citados nos bastidores para justificar a demissão de Nísia.
O governo tem lutado para fazer com que as políticas criadas no terceiro mandato de Lula se revertam em popularidade para o presidente, o que até agora não aconteceu. Em junho, pesquisa Datafolha mostrou que Lula tem 28% de aprovação e 40% de reprovação. As informações são do portal Estadão.