Segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de outubro de 2021
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirmou nesta sexta-feira (8) que a manutenção do caráter obrigatório do uso de máscaras ainda é essencial para a superação da pandemia no Brasil.
Em comunicado divulgado pelo órgão, o presidente do conselho, Carlos Lula, secretário de saúde do Maranhão, afirmou que os episódios recentes de cidades retirando a obrigatoriedade do uso de máscaras em determinados locais pode levar a uma nova onda de casos.
Após uma reunião do Grupo de Especialistas em Vigilância Epidemiológica da Secretaria estadual de Saúde (SES) do Rio, o secretário estadual de Saúde Alexandre Chieppe disse que está mantido o uso obrigatório de máscaras no Rio.
“A vacinação da população, a testagem e o consequente monitoramento dos casos detectados e de seus contados, somam-se ao uso de máscaras, à lavagem frequente das mãos e a utilização de álcool em gel como medidas indispensáveis para a superação da pandemia”, afirmou o Conass em comunicado assinado por Carlos Lula.
O presidente do conselho lembrou o caso de países que tiveram “experiências frustrantes” ao suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras e, hoje, sofrem com um crescimento de casos e óbitos.
Um dos países que flexibilizou as regras, os Estados Unidos, voltou a testemunhar novos casos. A vacinação no país, entretanto, parou de avançar devido à falta de cultura vacinal na população americana.
Nesta semana, a prefeitura do Rio também sinalizou que poderá liberar a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos e sem aglomeração.
A informação consta em ata de uma reunião do comitê científico que foi compartilhada pelo prefeito, Eduardo Paes, numa rede social, na tarde desta segunda-feira. O uso de máscara também deixou de ser obrigatório em Caxias do Sul nesta terça-feira.
“O momento ainda exige cautela e prudência. Outros interesses que não os da proteção da população não podem se sobrepor à salvaguarda de nosso mais importante patrimônio: a vida e a saúde de todos os brasileiros”, afirmou o Conass.
Campanha
O Ministério da Saúde afirmou que seu planejamento para 2022 prevê o investimento de R$ 11 bilhões para a campanha de vacinação contra a covid-19.
Pela primeira vez, os gestores da pasta explicaram alguns dos detalhes já conhecidos da próxima rodada de vacinação. De acordo com o governo, após reunião e debates com especialistas, já está previsto para o próximo ano:
— Uma dose para pessoas de 18 a 60 anos;
— Duas doses para pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos;
— Vacinação por faixa etária decrescente, e não por grupo de risco;
— Vacinação seis meses após a imunização completa em 2021 ou dose de reforço;
— Duas doses para novos públicos, se houver ampliação (crianças e adolescentes);
— Vacinação heteróloga: cada vacinado recebe imunizante diferente do aplicado no ano anterior;
— Ao todo, devem ser necessárias 340 milhões de doses;
— Utilização apenas de vacinas com registro definitivo pela Anvisa, o que exclui, atualmente, a Coronavac.