Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de maio de 2025
O comércio de cigarros eletrônicos que entram no Brasil por meio de contrabando foi alvo, nessa quarta-feira (7), de uma operação da Receita Federal em Porto Alegre e outras cinco capitais – São Paulo, Brasília, Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Fortaleza (CE). Diversos estabelecimentos foram percorridos, ampliando assim para 3,6 milhões de unidades apreendidas desde o ano passado – número que inclui cigarros convencionais.
Além de proibidos no País, o “vape” (nome pelo qual o dispositivo é popularmente conhecido) afeta gravemente a saúde, com reflexos sobre o setor e a economia nacional. A Receita salienta:
“Esses dispositivos, que não possuem qualquer controle sanitário, contêm substâncias tóxicas associadas a doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas, especialmente em usuários jovens”.
Dentre os prejuízos estão o aumento expressivo na demanda por atendimentos e tratamentos, gerando custos elevados e pressionando ainda mais o sistema. “Além disso, o comércio ilegal desses produtos alimenta o crime organizado, sonega impostos e causa prejuízos milionários aos cofres públicos, enfraquecendo a economia formal e as empresas que operam dentro da legalidade”, acrescenta.
Implicações
Além da perda das mercadorias apreendidas, os responsáveis serão processados por contrabando e crimes correlatos. Os estabelecimentos terão CNPJ [Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) suspensos, medida comunicada às prefeituras e locadores de espaços para que tomem as medidas cabíveis.
“A instituição permanece vigilante, utilizando seu treinamento e ferramentas disponíveis para identificar ilícitos e atuar de maneira precisa nos principais pontos de distribuição de contrabando do País”, sublinhou o órgão. “Mais ações do tipo podem ser esperadas para os próximos meses.”
(Marcello Campos)