Terça-feira, 14 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 14 de outubro de 2025
A Cosmam (Comissão de Saúde e Meio Ambiente) da Câmara Municipal de Porto Alegre se reuniu nesta terça-feira (14) para tratar da construção de 12 Unidades de Saúde, da Clínica de Especialidades Zona Sul (Policlínica Zona Sul) e de reformas e da gestão dos Pronto Atendimentos (PAs) Lomba do Pinheiro e Bom Jesus. A proposta foi do vereador Aldacir Oliboni (PT) e a reunião foi conduzida pela presidente da comissão, vereadora Psicóloga Tanise Sabino (MDB).
O proponente abriu sua fala destacando que a luta pela construção de novas US (Unidades de Saúde) vem desde o primeiro mandato do prefeito Sebastião Melo: “Já estamos há seis anos pautando essas dez unidades de saúde prometidas pela Prefeitura ainda no primeiro mandato do prefeito. Poucas delas começaram a ser construídas. Agora passou para 12, porque ainda tem as duas gestadas pelo GHC [Grupo Hospitalar Conceição].
O vereador também questionou como estão algumas das obras de reforma prometidas pelo Executivo para os postos de saúde das regiões Sul e Leste, como as US Esmeralda e Lomba do Pinheiro.
O vice-coordenador do Conselho Municipal de Saúde, Waldir Bohn Gass, afirmou que os investimentos feitos por meio de financiamento com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) diminuíram nos últimos anos, ao passo que o orçamento da Prefeitura aumentou.
“Hoje o orçamento é de R$ 13 bilhões e as parcerias com o BID são menores do que quando o orçamento era de R$ 1,5 bilhões”. Daniele Galdino, representante do Conselho Municipal de Saúde – Distrital Leste, disse que a pedra fundamental da nova US Coinma foi posta há 15 anos, mas as obras estão abandonadas: “Fazem promessa atrás de promessa e nada. Os pacientes do Jardim Leopoldina e do Coinma querem os novos postos que lhes foram prometidos”.
Jair Machado, representante do Conselho Municipal de Saúde – Distrital Sul/Centro Sul, cobrou uma previsão para conclusão de obras nas unidades de saúde: “Eu gostaria de saber uma previsão de início, meio e fim das obras de construção da Policlínica Zona Sul”. Também afirmou que há diversos postos em situação precária e que não estão mais dando conta da demanda.
“Também queria dizer que nós temos unidades em situações críticas na região, como as unidades Nova Ipanema e Nonoai. As demandas estão cada vez maiores nos postos de saúde e não há melhoras prestadas pela Prefeitura”.
O que diz a Prefeitura
O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Jorge Brasil, prestou satisfações quanto às unidades de saúde e respondeu os questionamentos da reunião: “Quatro unidades serão entregues ainda esse ano na cidade: as US Sarandi, Nova Brasília, Diretor Pestana e Santa Marta.”
Na sequência, o secretário abordou individualmente a situação das US das regiões Sul e Leste de Porto Alegre. “Uma obra demora, em condições ideais, 18 meses entre a compra do terreno e a entrega do posto para a comunidade.
O problema é que às vezes acontecem empecilhos, como a US Esmeralda, citada anteriormente, em que as obras foram momentaneamente paralisadas devido à contaminação do solo.
As unidades da Glória, Morro Santana, Lomba do Pinheiro, Maria da Conceição e Quinta do Portal tiveram problemas e atrasos devido à enchente ou adaptação do projeto. As duas primeiras nós já estamos em processo de licitação para retomar as obras. Em relação aos outros postos, estamos finalizando os contratos para abrir o processo de licitação”, explicou.
Brasil ainda respondeu questionamentos sobre os postos do GHC e a Policlínica Zona Sul. “O (posto do) Jardim Leopoldina está avançando agora com um projeto extremamente detalhado e estamos perto de abrir licitação. É um projeto inovador e que deve começar a ser construído em março de 2026. A US Coinma seguirá o mesmo caminho, mas está algumas etapas atrás. A Policlínica Zona Sul é um caso complexo e especial que foi priorizado pela gente. Fizemos um projeto grande e excelente que foi aprovado pela Caixa Econômica Federal. Nós vamos contratar o projeto e a obra juntos, por exigência da Caixa, então tudo terá que ser muito mais detalhado e teremos uma matriz de risco muito menor, porém demora mais”, finalizou.