Terça-feira, 04 de novembro de 2025

Comitiva do Senado inicia viagem no fim de semana para debater tarifas dos Estados Unidos

Uma comitiva de oito senadores iniciará na tarde desta sexta-feira (25) uma viagem a Washington para debater com empresários e parlamentares as tarifas de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

A ideia é que estejam lá até para cumprirem agendas de segunda (28) a quarta-feira (30). As tarifas estão previstas para serem cobradas a partir de 1º de agosto. Segundo o líder do grupo, Nelsinho Trad (PSD-MS), o foco será abrir diálogo com empresários americanos que fazem comércio com o Brasil e com parlamentares americanos. A agenda será fechada nos próximos dias.

Nessa quarta-feira (23), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), reafirmou que o objetivo da comitiva é “dialogar”. Segundo o senador, o grupo não quer briga e espera ter sucesso nas conversas.

“Espero que a gente tenha sucesso, porque não nos interessa ter uma briga numa amizade e num comércio de 206 anos”, declarou Wagner em publicação no X.

O senador diz que a comitiva vai com a expectativa de “ter sucesso na negociação”, mas sem abrir mão da soberania do Brasil. O petista ainda cita a carta do País enviada aos Estados Unidos com propostas de acordos entre os dois países.

“Há uma carta entregue ao governo americano desde 16 de maio que ainda não nos foi respondida. Espero que tenhamos sucesso”, afirmou.

Haddad com a palavra

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de contingência do governo federal para lidar com a tarifa de 50% anunciada por Donald Trump tem medidas “em todos os sentidos”, inclusive uma linha de crédito para os empresários mais afetados. As informações foram dadas em entrevista à Itatiaia.

“O cardápio está pronto. Tem propostas em todos os sentidos, inclusive de linha de crédito, mas não posso antecipar a decisão que não foi tomada ainda. É um protocolo, de respeitar a decisão do presidente”, disse Haddad.

Segundo o ministro, as medidas serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir da próxima segunda-feira (28). O plano foi finalizado pelos técnicos do governo na última quarta-feira (23).

Conforme Haddad, caso a tarifa entre em vigor, mais de 10 mil empresas brasileiras podem ser afetadas. O ministro afirmou, no entanto, que os consumidores americanos também podem ser impactados.

“Americanos também podem ser afetados, suco de laranja, café e hambúrguer podem ficar mais caros”, disse o ministro.

Haddad também disse que a família do ex-presidente Jair Bolsonaro está atrapalhando o governo na tentativa de negociar o tarifaço com os Estados Unidos.

“Quem está obstruindo esse canal de negociação é a família Bolsonaro e os seus apoiadores. Vocês brasileiros que pensam que estão fazendo bem pelo Brasil, estão fazendo bem para uma família. Vocês perderam uma eleição. Saiam do caminho, deixem o governo negociar”, disse.

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