Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de maio de 2025
A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) apresenta às 20h desta sexta-feira (9) um concerto especial dedicado a um dos grandes nomes da música instrumental no Rio Grande do Sul: o flautista, saxofonista, compositor e arranjador Pedrinho Figueiredo. Intitulado “De Lá Para Cá”, o espetáculo tem regência do maestro Manfredo Schmiedt e participação do próprio homenageado como solista.
Também estarão no palco dois convidados de peso: o renomado gaiteiro Renato Borghetti e o guitarrista Daniel Sá, parceiros de longa data de Pedrinho. Os ingressos estão à venda no site sympla.com.br.
No programa, estarão presentes peças como “Primeira Impressão”, “Brincando com Notas”, “Quarto do Bebê” e medleys com obras de autores como Pery Souza, Jerônimo Jardim, Luiz Carlos Borges, Alegre Corrêa, Paulo Dorfman e Borghetti.
O concerto “De Lá para Cá” será também o reencontro do músico com a Ospa, fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac): além de ter atuado como arranjador, foi solista em um concerto na década de 1980 e estreou com a Orquestra a peça sinfônica “Lua Rosa” (2017), de sua autoria.
A trajetória de Pedrinho Figueiredo também será comentada pelo músico, jornalista e pesquisador Arthur de Faria, em mais uma edição do projeto “Notas de Concerto”. A partir das 19h, ele recebe o público na Sala de Recitais para uma palestra sobre o artista e obra que estarão no palco logo em seguida. Tanto o show quando a palestra também serão transmitidas ao vivo pelo canal da Ospa no site de vídeos youtube.com.
Trajetória
Com 60 anos de idade e quatro décadas de carreira, Pedrinho já participou de cerca de mil músicas em mais de 400 discos, criou mais de 800 arranjos orquestrais e colaborou com artistas como Vitor Ramil, Ivan Lins, MPB4 e Lenine. Ele integra o grupo de Renato Borghetti há 35 anos e com ele já realizou turnês em mais de 40 países.
Pedrinho nasceu em Teresópolis (RJ) e mora desde 1981 em Porto Alegre, de onde tem colocado seu talento a serviço da música gaúcha e transitado com fluidez entre o erudito, popular e regional: “Iniciei meu aprendizado com professores que não faziam distinção entre os estilos, felizmente, e atuavam nas salas de concerto de São Paulo e Rio e nas rodas de choro e serenatas”.
Para o maestro Manfredo Schmiedt, trata-se de um artista fora do comum nas diversas áreas em que atua: “Recentemente, tive o privilégio de dividir o palco com ele em uma série de concertos com a UCS Orquestra no projeto ‘Bossa Nova no RS’, uma experiência maravilhosa. Ao assumir a direção artística da Ospa, percebi que seria incrível oferecer ao nosso público a oportunidade de vivenciar um concerto que conta um pouco da bela trajetória dele aqui no Sul”.
Ele acrescenta: “Hoje, com 60 anos, a minha música reflete o que aprendi sobre a Cultura do Rio Grande do Sul, com sua influência platina, e mistura com minhas raízes”. Ao escolher o repertório, Pedrinho elegeu compositores com quem trabalhou diretamente e seguem exercendo grande influência na sua obra.
(Marcello Campos)