Quinta-feira, 08 de maio de 2025

Conclave: quem pode substituir o papa Francisco? Lista de favoritos tem italianos, americano e brasileiro

O conclave que vai escolher o novo papa começa nesta quarta-feira (7), no Vaticano. A votação reunirá 133 cardeais com menos de 80 anos. Na lista de favoritos para vencer a eleição estão italianos, um americano e até mesmo um brasileiro.

A disputa pela liderança do catolicismo ocorre em meio à expectativa sobre os rumos da instituição após o papado de Francisco. Nos últimos 12 anos, o pontífice ficou conhecido por promover reformas, além de ter se aproximado minorias e ter feito uma Igreja mais voltada aos pobres.

Francisco morreu no dia 21 de abril, aos 88 anos. Desde então, a Igreja está no período de Sé Vacante, ou seja, sem um papa. A expectativa é que um novo líder seja eleito nos próximos dois dias.

Os favoritos ao cargo máximo da Igreja Católica representam uma diversidade de regiões e correntes internas: há nomes ligados ao legado de Francisco, com postura mais progressista, e também figuras de perfil mais conservador.

Brasil

Natural de Forquilhinha (SC), Leonardo Ulrich Steiner tem 74 anos e foi considerado pelo Vaticano o primeiro cardeal da Amazônia. Entre 1999 e 2003, foi secretário-geral do Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma. Em 2011, foi eleito secretário-geral da CNBB e, no mesmo ano, nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília pelo Papa Bento XVI. Em 2022, foi nomeado cardeal pelo papa Francisco.

Gana

De origem humilde em uma pequena cidade africana, Peter Turkson, de 76 anos, alcançou grandes feitos na Igreja, o que o tornou um candidato a se tornar o primeiro papa da África Subsaariana. O papa João Paulo II o nomeou arcebispo de Cape Coast em 1992. Onze anos depois, o tornou o primeiro cardeal na história do estado da África Ocidental. Turkson foi um dos conselheiros mais próximos do papa em questões como as mudanças climáticas e atraiu muita atenção ao participar de conferências como o fórum econômico de Davos.

Itália

Favorito dos apostadores, aos 70 anos, Parolin foi diplomata da Igreja durante a maior parte de sua vida e serviu como secretário de Estado do papa desde 2013, ano em que Francisco foi eleito. Parolin nunca foi um ativista de linha de frente ou barulhento nas chamadas Guerras Culturais da Igreja, que se concentravam em questões como aborto e direitos gays.

Outro italiano da lista é Matteo Maria Zuppi, de 69 anos, promovido em 2015 a arcebispo de Bolonha. Na ocasião, a mídia nacional se referiu a ele como o “Bergoglio italiano”, devido à sua afinidade com Francisco. Zuppi, assim como o falecido pontífice, é conhecido como um “padre de rua” que se concentra nos migrantes e nos pobres, e pouco se importa com pompa e protocolo. Se eleito, Zuppi será o primeiro papa italiano desde 1978.

Estados Unidos

Aos 73 anos, se eleito, Joseph Tobin será o primeiro pontífice da história nascido nos Estados Unidos — e também o primeiro vindo de um país sem maioria católica na era moderna. O americano ficou conhecido ao decidir tornar públicos acordos anteriormente confidenciais feitos entre a arquidiocese e as supostas vítimas de abuso sexual do então cardeal Theodore McCarrick. Tobin também se destacou por enfrentar o presidente Donald Trump por causa das políticas contra imigrantes. Em um dos episódios, Tobin foi testemunha de defesa de um mexicano em um tribunal de imigração.

Filipinas

O filipino Luis Antonio Gokim Tagle, de 67 anos, é frequentemente chamado de “Francisco Asiático” devido ao seu comprometimento semelhante com a justiça social. Se eleito, será o primeiro pontífice da Ásia. No papel, Tagle — que geralmente prefere ser chamado pelo apelido “Chito” — parece ter todos os requisitos para ser um papa.

Ele vem do que alguns chamam de “pulmão católico da Ásia”, já que as Filipinas têm a maior população católica da região. Tagle tem décadas de experiência pastoral desde sua ordenação sacerdotal em 1982. Depois, adquiriu experiência administrativa, primeiro como bispo de Imus e depois como arcebispo de Manila.

França

Jean-Marc Aveline é conhecido em alguns círculos católicos como “João XXIV”, em referência à sua semelhança com João XXIII, o papa reformador de rosto redondo do início dos anos 1960. O arcebispo nasceu na Argélia em uma família de imigrantes espanhóis que se mudaram para a França após a independência da Argélia, e viveu a maior parte de sua vida em Marselha.

Aveline é conhecido por sua natureza simples e descontraída, sua facilidade para fazer piadas e sua proximidade ideológica com Francisco, especialmente em relação à imigração e às relações com o mundo muçulmano. Se assumisse o cargo máximo, se tornaria o primeiro papa francês desde o século 14. Ele também seria, aos 66 anos, o papa mais jovem desde João Paulo II.

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