Segunda-feira, 09 de junho de 2025

Conheça Rita Lobato Velho, médica gaúcha homenageada pelo Google nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira (7), o Google Doodle presta homenagem a Rita Lobato Velho. Nascida prematuramente (com sete mesmes) em 7 de junho de 1866, no interior do Rio Grande do Sul (mais especificamente em Rio Grande, no interior do Estado), Rita é considerada a primeira mulher a se formar e a exercer a medicina no Brasil.

O “doodle” é um desenho alusivo à pessoa ou data homenageada na marca do Google, e nesta sexta-feira mostra uma representação da médica gaúcha e de órgãos humanos como pacientes.

Filha de Rita Carolina Velho Lopes e do estancieiro e comerciante de charque gaúcho Francisco Lobato Lopes, Rita tinha 13 irmãos e foi uma estudante talentosa, segundo perfil criado pelo Google. Aos 9 anos, ela completou o ensino primário, enquanto nutria o sonho de se tornar médica.

Homenagem do Google Doodle a Rita Lobato Velho (Foto: Reprodução/Google)

“Nessa época, era extremamente difícil para as mulheres se matricularem na faculdade de medicina. A Dra. Lobato Velho foi pioneira neste aspecto, trabalhando incansavelmente para atingir os seus objetivos, apesar da discriminação que enfrentou por parte de colegas e professores”, diz a plataforma.

A médica gaúcha viveu no Rio de Janeiro e em Salvador. Na capital baiana, ela frequentou a UFBA (Universidade Federal da Bahia), onde estudou medicina, curso com duração de seis anos, em apenas quatro.

A tese de Rita Lobato – “Parallelo entre os méthodos preconizados na operação cesariana” – está disponível para leitura online e foi publicada em 10 de dezembro de 1887, quando ela tinha 21 anos. Já o diploma foi oficialmente registrado em 1888.

Ao concluir a faculdade, Rita voltou ao Rio Grande do Sul, onde atuou como médica obstetra, atendendo mulheres de todas as classes sociais. Ela fornecia consultas e remédios de graça. Em 1925, aos 59 anos de idade, Rita encerrou sua carreira profissional.

Com especialização em obstetrícia, ela também foi titulada como a segunda mulher a obter o êxito acadêmico na medicina em todo o continente sul-americano.

“A Dra. Lobato Velho foi uma figura inspiradora que ajudou a traçar um rumo para a próxima geração de aspirantes a médicas. Ela superou as adversidades com graça e usou sua voz e habilidades para empoderar todas as mulheres no Brasil”, afirma o Google.

Em 1889, Rita se casou com Antônio Maria Amaro de Freitas, formado em direito, no Rio de Janeiro. O casal teve apenas uma filha, Isis Lobato Freitas.

Além da medicina, a gaúcha também atuou em movimentos feministas, como na defesa do voto das mulheres, participando do triunfo do Código Eleitoral de 1932, que garantiu o direito das mulheres ao voto, e a eleição de Carlota Pereira de Queirós para o Congresso Nacional, em 1934. Naquele mesmo ano, Rita foi eleita vereadora em Rio Pardo.

Rita Lobato é homenageada em diversas cidades do Rio Grande do Sul, como Porto Alegre e Rio Grande, além de ter ruas batizadas com o seu nome. Em sua cidade natal, um posto de saúde leva o nome da médica.

Em seus últimos meses de vida, a médica foi acometida parcialmente por uma deficiência auditiva e visual e morreu em Rio Pardo, em 6 de janeiro de 1954, aos 87 anos.

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