Domingo, 21 de dezembro de 2025

Constrangido, o presidente da Câmara dos Deputados fala sobre colegas que sofreram ação da Polícia Federal

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e de órgãos de controle em investigações contra parlamentares. Motta afirmou que o STF cumpre o “seu papel” ao analisar e aprofundar apurações sobre suspeitas de que “algum parlamentar não agiu corretamente”.

As declarações de Motta foram feitas depois de a Polícia Federal (PF) deflagrar uma operação, autorizada pelo STF, contra os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ). A PF apura um esquema de desvio de recursos de cotas parlamentares.

Em um encontro com jornalistas, o paraibano declarou que a Câmara não protegerá deputados com condutas irregulares e que a Casa não tem “compromisso com quem não trabalha correto”.

“Claro que, quando a gente tem um colega que é alvo de qualquer ação do Judiciário – seja ela qual for —, nós não ficamos felizes com isso. Ninguém fica feliz com isso. Mas o Poder Judiciário está cumprindo o seu papel, e nós não vamos estar aqui defendendo aquilo que não se pode defender”, disse Motta.

O presidente da Câmara relatou que foi comunicado sobre a ação pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e disse que não conhece os detalhes da operação contra Jordy e Sóstenes.

Ao ser questionado novamente sobre como a Casa enxergava a ação, Hugo Motta preferiu dizer apenas que não fará “pré-julgamentos”.

“Não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação das buscas. Apenas recebi uma ligação do diretor-geral da Polícia Federal – sempre acontece isso quando há algo em relação a algum parlamentar. Me parece que é uma investigação sobre questão de gabinete. Não sei a fundo”, afirmou.

“Essas questões envolvendo investigações de parlamentares: eu não faço pré-julgamento antecipado sobre nenhum assunto. O Supremo está no seu papel de investigar. Nós temos os órgãos que auxiliam o Supremo e estão ali para poder acompanhar todas as investigações”, acrescentou.

Durante o encontro com jornalistas, Hugo Motta repetiu seguidas vezes que tem “respeito” ao trabalho exercido pelo STF. O paraibano ponderou, no entanto, que acompanhará eventuais “excessos” na atuação do Judiciário.

Questionado, ele disse não ter, por ora, verificado os excessos.

“Se há suspeita de que algum parlamentar não agiu corretamente, o Supremo cumpre o seu papel. Respeitamos o papel do Supremo e não temos compromisso com quem não trabalha correto. E vamos sempre acompanhar, pela Presidência da Câmara, para que exageros não sejam cometidos”, disse.

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