Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de julho de 2025
A análise pericial do pen drive apreendido em um banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, foi concluída pela Polícia Federal (PF). De acordo com fontes com acesso à investigação, o conteúdo do dispositivo foi considerado “irrelevante” para os fins do inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).
O pen drive foi encontrado durante uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que investiga Jair Bolsonaro e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta coação ao Judiciário brasileiro e outros possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito. O dispositivo foi recolhido no banheiro da casa de Bolsonaro e encaminhado imediatamente para perícia no laboratório da corporação, em Brasília.
A descoberta do pen drive chegou a gerar expectativa dentro da investigação, pois poderia conter documentos, mensagens ou arquivos sensíveis relacionados às ações do ex-presidente. No entanto, o laudo técnico indicou que não há qualquer informação relevante que conecte o dispositivo diretamente aos fatos investigados.
Questionado sobre o episódio, Bolsonaro alegou desconhecer a origem do pen drive. “Olha, uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso”, declarou o ex-presidente na última sexta-feira (18), ao ser abordado pela imprensa.
Celular
Apesar de o conteúdo do pen drive não trazer elementos importantes à apuração, outras frentes da investigação continuam em andamento. Entre elas, a análise do celular de Jair Bolsonaro, que também foi apreendido durante a operação.
Segundo investigadores, a perícia no aparelho ainda está em curso, especialmente devido ao processo de extração de dados armazenados em nuvem, o que exige mais tempo e recursos técnicos. A expectativa é que a análise possa revelar mensagens, contatos ou arquivos que ajudem a elucidar as suspeitas levantadas no inquérito.
Dinheiro
Além do celular e do pen drive, os agentes da Polícia Federal também apreenderam US$ 14 mil em espécie, R$ 8 mil em dinheiro vivo e uma cópia impressa de uma ação judicial protocolada nos Estados Unidos pela plataforma de vídeos Rumble. O documento questiona decisões do ministro Alexandre de Moraes e denuncia uma suposta “censura judicial” no Brasil.
Segundo fontes, o processo conta com o apoio do Trump Media & Technology Group, empresa associada ao ex-presidente norte-americano Donald Trump, o que amplia o interesse internacional em torno do caso.