Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 13 de novembro de 2025
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou um novo mapa-múndi invertido que coloca o Pará no centro do mundo. De acordo com o instituto, a representação cartográfica destaca o Estado nas discussões globais sobre o clima.
O “Mapa-múndi invertido – Pará no centro” foi apresentado oficialmente durante a COP30, em uma cerimônia nesta quinta-feira (13) com representantes da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Governo do Estado, da Prefeitura de Belém e do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP).
O evento exibiu o mapa em uma lona onde foi impresso com 4 metros de largura por 2 metros de altura, em uma releitura simbólica da geografia mundial, colocando o hemisfério sul na parte superior e o Brasil no centro da imagem.
A proposta convida o público a olhar o planeta sob uma nova perspectiva, em que o Norte do Brasil e a Amazônia passam a ocupar o ponto de referência, em vez da Europa e da América do Norte, tradicionalmente centralizadas nos mapas.
Segundo o IBGE, o objetivo do mapa-múndi invertido é questionar a visão eurocêntrica que dominou a cartografia por séculos e valorizar o papel do Brasil e do Pará no cenário internacional.
“Belém, o Pará e o Brasil estão no centro do mundo com a COP30! Para marcar este mês, em que o compromisso de construir uma transição ecológica justa e sustentável ganha destaque, o IBGE preparou um Mapa-múndi invertido especial. Ele traz uma nova perspectiva do planeta, colocando o Pará e Belém no centro, a capital simbólica do Brasil durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima”, informou o IBGE.
Brasil na COP30
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou nesta quinta-feira (13), em Belém, o Plano Nacional de Arborização Urbana (Planau), durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
O objetivo é aumentar a cobertura vegetal das cidades, considerada abaixo dos padrões adequados.
Segundo o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, as populações que vivem nas cidades brasileiras têm poucas árvores próximas às suas moradias.
Dados do Mapbiomas de 2024 apontam que a média nacional de arborização nas cidades brasileiras é 28,2% dos territórios com cobertura verde.
“A principal meta do plano é de aumentar para 65% da população brasileira que vive em ruas que tenham no mínimo três árvores, aumentar em 360 mil hectares a área de arborização e áreas verdes das cidades”, afirma o secretário.
De acordo com Maluf, o plano foi estruturado com base na estratégia 3+30+300, desenvolvida pelo pesquisador Cecil Konijnendijk, em 2021.
“Nós seguimos muito esse princípio internacional para que todos tenham no mínimo três árvores na sua rua, que todos os bairros tenham no mínimo 30% de áreas verdes, isso é importante para a questão climática, é importante para a biodiversidade, e ter toda a população brasileira vivendo no máximo até 300 metros de uma área verde”, diz.