Segunda-feira, 17 de março de 2025

Copa do Mundo evidenciou problema da relação trabalhista no Catar

Durante todo o período de preparação para a Copa do Mundo, o Catar foi alvo de muitas críticas e investigações por conta das péssimas condições de trabalho e de moradia dos trabalhadores que construíram os estádios e todas as obras de infraestrutura.

O programa Globo Repórter constatou o contraste que existe do luxo do país que vai sediar a Copa do Mundo com a região onde moram os trabalhadores. O governo do Catar não gosta que a imprensa internacional frequente esse lugar, uma parte praticamente escondida do país da Copa. O sistema de trabalho é chamado de kafala.

“A palavra kafala, em árabe, vem de fiador, daquela pessoa que vai trabalhar naquele país”, explica Muna Orman, pesquisadora do grupo de estudos do Oriente Médio.

As empresas assumem esse papel e os contratados passam a viver em alojamentos, que só por conta da pandemia tiveram a superlotação impedida. Mais de 1 milhão de imigrantes trabalham no sistema de patrocínio.

“A Copa do Mundo evidenciou esse problema. Essa relação trabalhista que é análoga à escravidão”, diz Muna Orman.

Milhares de operários morreram nas obras da Copa do Mundo e, desde 2020, o Catar vem revisando o sistema de trabalho. Há muito para se repensar.

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