Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 16 de setembro de 2025
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma investigação para apurar possíveis conexões entre o Corinthians e o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua no Estado. A apuração foi motivada por declarações de Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do clube, que afirmou em agosto que “o crime organizado se infiltrou” na instituição e que vem sofrendo ameaças desde então.
Além das suspeitas de ligação com o PCC, o MP-SP também investiga o uso de cartões corporativos e relatórios de despesas da presidência do Corinthians entre os anos de 2018 e 2025. O ex-presidente Andrés Sanchez admitiu ter usado o cartão por engano durante uma viagem ao Rio Grande do Norte.
Outro ponto da investigação envolve a hospedagem de jogadores em um imóvel supostamente ligado a José Carlos Gonçalves, conhecido como Alemão, apontado como figura relevante no crime organizado. Os atletas Fausto Vera, Rodrigo Garro e Talles Magno foram convocados como testemunhas para esclarecer se residiram em um apartamento pertencente a Alemão, localizado no bairro Anália Franco, e se o clube intermediou a locação.
Até o momento, não há indícios de envolvimento direto dos jogadores com atividades criminosas. A diretoria do Corinthians afirma ter enviado os documentos solicitados pela Justiça, embora a promotoria ainda não tenha confirmado o recebimento completo da documentação.
A investigação segue em curso e pode trazer desdobramentos importantes sobre a gestão e os bastidores do clube alvinegro.