Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de novembro de 2025
Os Correios anunciaram que as instâncias de governança da estatal aprovaram o Plano de Reestruturação da empresa, com medidas que objetivam o equilíbrio financeiro nos próximos 12 meses, assegurando a liquidez da empresa ao longo de 2026.
Com a execução do plano, os Correios estimam reduzir o déficit em 2026 e alcançar lucratividade em 2027. Os Correios registraram prejuízo de R$ 4,37 bilhões nos dois primeiros trimestres de 2025, que se somam a resultados negativos que ocorreram desde 2022, mas que foram agravados na administração atual.
O plano foi elaborado sob a gestão do novo presidente, Emmanoel Schmidt Rondon, que assumiu o cargo em setembro de 2025, sucedendo a Fabiano Silva dos Santos. O planejamento inclui a conclusão, até o fim de novembro, da operação de crédito com aporte de até R$ 20 bilhões, considerada pela estatal como “recurso indispensável para a transição estrutural projetada para a empresa”. O empréstimo — a ser obtido com bancos públicos e privados, com garantia do Tesouro Nacional — é condicionado a medidas para sanear a gestão da estatal.
Também estão previstas vendas de imóveis — com potencial de receita de R$ 1,5 bilhão —, otimização da rede de atendimento, com redução de até mil pontos deficitários, expansão do portfólio para e-commerce e ações de modernização do modelo operacional e da infraestrutura tecnológica.
No que se refere às despesas com servidores, está previsto um Programa de Demissão Voluntária (PDV) e a remodelagem dos custos com plano de saúde.
Os Correios sinalizam ainda, sem mais detalhes, a possibilidade de operações de fusões, aquisições e outras reorganizações societárias para fortalecer a competitividade da estatal no médio e longo prazo.
No comunicado sobre a aprovação do plano, a empresa sustentou que a queda das receitas tradicionais no Brasil é um cenário que ocorre em todo o mundo. E defendeu: “Os Correios permanecem como o único operador capaz de atender todos os municípios, inclusive regiões remotas onde a presença do Estado é vital”. Entre as logísticas executadas pela estatal, foram citadas a entrega de livros didáticos às escolas públicas, a distribuição de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) simultaneamente em todo o território nacional e a entrega de urnas eletrônicas às zonas eleitorais.
(Com informações do jornal O Estado de S.Paulo)