Quarta-feira, 30 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 27 de julho de 2025
Quadro técnico elogiado dos Correios registrou denúncia de assédio moral e institucional da chefia da empresa após recomendar modelo de contratação na conturbada licitação de publicidade da estatal. A servidora alega rebaixamento de função desde que recomendou proposta técnica mais vantajosa para os Correios, com repasse de 10% do desconto-padrão de agência. A servidora se baseou em contratos semelhantes praticados com o mesmo repasse, como da Petrobras.
Na pressão
Proposta mais vantajosa para os Correios irritou o mercado publicitário, que pediu repasses de 5%. Foi aí que a coisa desandou.
Secom no meio
Chefões dos Correios meteram a Secretaria de Comunicação de Lula na parada. A Secom, diz a denúncia, favoreceu interesse das agências.
Caminhão de dinheiro
A licitação foi aquela de R$380 milhões que, mesmo no vermelho, a estatal tentou abrir. O escândalo foi tão escrachado que melou tudo.
Bico fechado
A coluna e pediu explicação aos Correios sobre a denúncia. A estatal disse que não comenta processos internos envolvendo empregados.
Viagem de senadores pode ser constrangedora
A comitiva de senadores brasileiros chega a Washington, nesta segunda-feira (28), faltando apenas quatro dias para entrar em vigor o tarifaço de 50% de produtos brasileiros nos Estados Unidos, e a visita pode virar um bate-volta constrangedor. Até pela presença de senadores petistas, ligados a Lula. A chegada ocorre 19 dias depois da carta de Donald Trump. Em vez de negociar, como China, Japão e toda a União Européia, Lula (PT) quis tentar proveito político eleitoral.
Praxe é outra
O experiente ex-embaixador em Washington Rubens Barbosa recomendou uma “comissão de alto nível” para negociar o tarifaço.
Não é alto nível
O problema é que um grupo de senadores não pode ser considerada propriamente uma comitiva de alto nível, necessária nessas ocasiões.
Assim que se faz
Assim como Nenê Prancha dizia que pênalti era tarefa para presidente do clube, Lula é quem deveria bater à porta de Trump pata negociar.
O Brasil encolherá
O tarifaço deve provocar prejuízos de R$175 bilhões, com retração de 1,49% no PIB e resultará no desemprego de 1,3 milhão de pessoas, segundo estudo da Fiemg, a federação das indústrias de Minas Gerais.
Rua da amargura
A ausência do Itamaraty, ordenada por Lula, e a falta de representantes de alto nível do governo brasileiro, enfraquece qualquer outra tentativa de reverter o tarifaço. A menos que Trump, gentilmente, mude de ideia.
Ruim pra geral
Especialista em direito internacional, Daniel Toledo alerta que o tarifaço é ruim para todo mundo. Deve encarecer produtos para os americanos e, por aqui, enfraquecer setores estratégicos.
Gakyia merece
Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça do MP de São Paulo outorgou sua honraria máxima (colar do mérito) ao valente promotor Lincoln Gakyia, por quase três décadas de combate ao crime organizado. Ocorreu no salão nobre do prédio central do MP paulista.
Enxugou gelo
A nomeação de 200 auditores fiscais pelo governo federal é quase como tentar apagar incêndio com copo d’água. Dos 2.300 servidores em atividade, 20% podem se aposentar. O déficit é de 1.350 auditores.
Bombando
O Nordeste emplacou três aeroportos com maior movimentação no primeiro semestre, registra a Anac: Recife (PE), Salvador (BA) e Fortaleza (CE) receberam mais de 11,2 milhões de passageiros.
Esquece isso
Parou de virar notícia, mas o garimpo continua a toda no leito do Rio Madeira, entre Calama (RO) e Novo Apuranã (AM). Sobrevoo do agora ignorado Greenpeace flagrou 542 balsas em único sobrevoo.
Sem pressa
Depois de negar direito de trabalho externo a Daniel Silveira, o ministro Alexandre de Moraes (STF) levou um mês para autorizar cirurgia no joelho que o ex-deputado precisa se submeter.
Pergunta no Supremo
Quando sai o lote de tornozeleira para os ladrões do INSS?
Poder sem Pudor
A cuia e o governador
Alceu Collares era governador do Rio Grande do Sul, no início dos anos 1990, e provocou grande polêmica ao proibir o chimarrão durante o expediente, nas repartições. Naqueles dias, ele esteve em Brasília para audiência no Ministério da Agricultura e encontrou o deputado gaúcho Adão Pretto (PT) na ante-sala. Pretto, é claro, saboreava sua cuia de chimarrão e a ofereceu ao governador. Collares recusou com a graça habitual: “Primeiros os encargos, meu amigo, e só depois os ‘amargos’…”
Cláudio Humberto
@diariodopoder