Sábado, 20 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 20 de dezembro de 2025
O Tesouro Nacional aprovou o pedido de empréstimo com garantias que faz parte do plano de reestruturação dos Correios, apresentado ao governo federal.
O valor da operação é de R$ 12 bilhões e, caso a estatal não consiga pagar as parcelas, o Tesouro irá cobrir a dívida – ou seja, o empréstimo tem garantia do Tesouro.
A taxa de juros ficou em 115% do CDI – abaixo do teto de 120% do CDI, estabelecido pelo Tesouro. Esse valor máximo foi o motivo da rejeição da primeira tentativa de empréstimo há algumas semanas.
Em nota, o Tesouro Nacional reforçou que os juros estão dentro do limite e que a operação “atendeu aos requisitos para análise de capacidade de pagamento para empresas estatais com plano de reequilíbrio aprovado pelas instâncias competentes”.
Agora, segue o Tesouro, “as minutas contratuais serão negociadas entre as partes envolvidas, sob supervisão da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e do Tesouro Nacional. ”
A nota informou ainda que a proposta aprovara representa uma economia de R$ 5 bilhões em juros aos Correios na comparação com a operação que chegou a ser negada pelo Tesouro.
Entrada da Caixa
A taxa caiu depois que a Caixa Econômica Federal entrou na operação. A instituição financeira faz parte do pool de bancos que fizeram a proposta aprovada pelo Tesouro.
São elas:
Banco do Brasil
Bradesco
Itaú
Santander
Caixa
Nesta semana, o ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda, já havia confirmado que a proposta seria de R$ 12 bilhões e que a ideia era avaliar o plano de reestruturação da estatal até sexta-feira (19).
Em café com jornalistas nesta quinta-feira, o ministro disse que será necessário que os Correios se reestruturem por meio de parcerias com empresas públicas e privadas para se manter no mercado.
Como os Correios pretendem usar o dinheiro
No curto prazo, além de iniciar o PDV, o dinheiro será usado para regularizar dívidas vencidas e a vencer nos próximos meses, além da folha de salários e precatórios, que são dívidas judiciais das quais a empresa não pode mais recorrer.
O plano é honrar as obrigações de 2025 ainda neste ano para garantir a manutenção das operações da empresa e estancar a perda de receitas. Uma das preocupações imediatas é pagar fornecedores e prestadores de serviço para evitar atraso na entrega de encomendas, em meio paralisação de funcionários dos Correios por aumento de salário. Com informações dos portais G1 e O Globo.