Quinta-feira, 04 de dezembro de 2025

Corte italiana remarca data para decidir sobre a extradição de Carla Zambelli

A audiência de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi realizada em Roma, Itália, nesta quinta-feira (4), às 15h34 (no horário local), na Corte de Apelação italiana, que decidiu adiar a definição do caso. O tribunal vai examinar novos documentos anexados pela defesa antes de anunciar a decisão pela extradição – ou não – da parlamentar, presa há quase 130 dias. Uma nova audiência está marcada para o dia 18 de novembro.

Acompanhada do marido, Antonio Aginaldo, Carla Zambelli não falou com os jornalistas ao chegar à Corte. Ela limitou-se a cumprimentar a imprensa com uma piscadela de olho. A audiência ocorreu a portas fechadas.

A defesa da deputada relatou que reuniu novos documentos para sustentar a tese de perseguição política, linha reforçada, segundo eles, pelo parecer contrário à cassação de Zambelli apresentado pelo relator da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR).

A Embaixada do Brasil na Itália, que contratou o advogado da AGU (Advocacia-geral da União), Alessandro Gentilon, para acompanhar o caso, tem até o dia 10 de dezembro para opinar sobre os argumentos apresentados pela defesa.

Carla Zambelli anunciou que havia saído do Brasil no dia 3 de junho, dizendo que estava fora do Brasil há alguns dias, a princípio em tratamento médico, que, segundo ela, já fazia na Itália (sem especificar o lugar em que estava).

Logo depois do anúncio da saída dela do Brasil, a prisão preventiva foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que atendeu pedido da PGR (Procuradoria -Geral da República).

Carla Zambelli foi detida na Itália em julho, após uma operação conjunta entre autoridades brasileiras e italianas. Ela permanece presa desde então, atualmente em uma penitenciária na zona metropolitana de Roma.

Condenações de Zambelli:

A 10 anos e 8 meses, pela invasão hacker ao sistema no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela foi considerada a autora intelectual da ação. A 5 anos e 3 meses por porte ilegal de arma, pelo caso em que perseguiu um opositor o apontando a arma, às vésperas das eleições de 2022.

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