Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 12 de julho de 2025
O New York Cosmos está de volta ao futebol profissional. A lendária equipe dos EUA, a última da carreira de Pelé, foi oficialmente anunciada quinta-feira como a mais nova integrante da USL League One, terceira divisão do país, a partir da temporada de 2026. O projeto é liderado por um grupo de investidores, que adquiriu os direitos do clube e também parte da participação do empresário ítalo-americano Rocco Commisso, atual dono da Fiorentina, da Itália.
O retorno marca mais uma tentativa de reativar o legado esportivo do Cosmos, que viveu seus dias de glória há quase 50 anos, quando craques como Pelé, Beckenbauer, Carlos Alberto Torres e Chinaglia levaram multidões aos estádios e colocaram o futebol em evidência nos Estados Unidos. Eles transformaram o time em fenômeno midiático e referência de uma era.
“Estamos, de certa forma, revivendo tudo isso novamente”, disse Erik Stover, um dos novos coproprietários do clube, ao The Athletic, suplemento esportivo do jornal The New York Times.
Stover é velho conhecido da torcida. Foi dirigente do Cosmos entre 2012 e 2017, durante o período em que o clube dominou a “segunda encarnação” da NASL (North American Soccer League), conquistando três títulos e mantendo-se entre os protagonistas da liga.
“O Cosmos tem contado uma história cheia de reviravoltas ao longo das décadas”, afirmou. Agora, o desafio é construir um caminho sustentável dentro da USL, liga com calendário regular e estrutura mais estável do que as tentativas anteriores.
Desde o fim da NASL, em 2017, os Cosmos disputaram apenas quatro partidas oficiais – todas em 2020, durante a pandemia. A equipe, fundada em 1968 e cuja primeira versão durou até 1984, virou mais marca nostálgica do que clube ativo, com apelo entre colecionadores, mas distante do torcedor que acompanha o futebol no dia a dia.
A nova fase buscará mudar isso, com jogos sediados em Nova Jersey e foco em um público renovado, ainda que resgatando símbolos do passado, como o escudo usado por Pelé e Beckenbauer nos anos 1970, quando o time passou a atuar no Giants Stadium e retirou o “New York” do nome, virando apenas “Cosmos”.
Nova tentativa
Essa não é a primeira tentativa de renascimento. O clube foi reativado em 2010 sob grande expectativa, atraiu estrelas como Raúl e Marcos Senna, e empilhou conquistas na NASL. Mas o projeto não resistiu à instabilidade da liga, e o investimento acabou sendo engavetado em 2020.
Agora, o novo grupo aposta em mais estrutura e menos dependência de nomes midiáticos, embora a conexão com a história continue sendo parte central do projeto. Com informações de O Estado de S. Paulo