Quarta-feira, 05 de novembro de 2025

Covid aumenta risco de trombose até seis meses após o contágio

Um estudo publicado nesta quinta-feira (6) no British Medical Journal (BMJ) afirma que a covid aumenta o risco de desenvolver coágulos sanguíneos graves até seis meses depois do contágio.

A pesquisa, realizada por uma equipe de especialistas da Suécia, revela que existe um risco maior de trombose venosa profunda até três meses após a infecção pelo vírus. Segundo os pesquisadores, uma embolia pulmonar pode ocorrer até seis meses após o contágio e um evento hemorrágico até dois meses depois.

A possibilidade aumenta em pacientes com comorbidades ou que desenvolveram uma forma severa da covid. O estudo também aponta que houve mais casos de trombose durante a primeira onda da pandemia do que na segunda e terceira.

O aumento do risco de coágulos em pacientes contaminados pela covid já é conhecido. Nos hospitais, os anticoagulantes costumam ser administrados durante e após a infecção, em função dos sintomas, da gravidade do caso e do perfil do paciente.

A novidade do estudo foi apontar o período em que o risco de coágulos era maior após a contaminação e quantos participantes foram afetados pelo problema, em mais de dois anos de epidemia.

Pesquisa

Para realizar a pesquisa, os pesquisadores analisaram mais de um milhão de pessoas na Suécia infectadas pelo novo coronavírus entre 1º de fevereiro de 2020 e 25 de maio de 2021. Elas foram classificadas por idade, sexo e local de residência. Outras quatro milhões que testaram negativo para a doença, no mesmo período, também foram estudadas.

Os autores do estudo calcularam as taxas de trombose venosa profunda, embolia pulmonar e sangramento entre as pessoas que desenvolveram a doença e as compararam com o grupo que não foi contaminado. Desta forma, eles puderam observar uma grande frequência de casos de coágulos nos pacientes, até seis meses após a contaminação.

Segundo os pesquisadores, os maiores riscos observados durante a primeira onda comparados com as duas seguintes poderiam ser explicados pelas melhoras nos tratamentos e na cobertura vacinal, especialmente entre os pacientes com idades mais avançadas.

Os autores do estudo afirmam que os resultados obtidos justificam a adoção de medidas para evitar tromboses – como a administração de tratamentos para evitar a formação de coágulos sanguíneos – em particular para os pacientes de alto risco. A equipe de especialistas também destaca a importância da vacina contra a covid.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Brasil atualiza metas de redução de emissões na ONU, mas especialistas apontam retrocesso
Ministério da Saúde confirma primeiro caso da ômicron XE no Brasil
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play