Terça-feira, 30 de setembro de 2025

CPMI desmascara dono de entidade milionária

Mais uma vez, o relator Alfredo Gaspar (União-AL) foi o principal destaque da sessão da CPMI que investiga o roubo aos aposentados do INSS, durante o interrogatório de Carlos Roberto Ferreira Lopes a formação de uma grande fortuna à sombra da Conafer, “confederação” de agricultores familiares rurais, a partir do faturamento de mais de R$ 800 milhões descontados ilegalmente dos segurados da previdência. Na definição de Marcel van Hattem (Novo-RS), ficou demonstrado que a CPMI revelou nesta segunda-feira (29) mais uma organização criminosa.

Conafer S/A
Alfredo Gaspar expôs uma espécie de empreendimento familiar, com irmãos, esposa, cunhados etc. controlando negócios milionários.

Serviços fantasmas?
O presidente da Conafer admitiu ser dono ou procurador de empresas prestadoras de serviços que ele próprio não soube explicar.

Aviões, claro
Entre os negócios nebulosos está a compra milionária de aviões por um funcionário da entidade que mora na periferia de Brasília.

Denúncias graves
Promotor experiente, Alfredo Gaspar chamou a atenção pelos detalhes de nomes, datas, valores em negócios que complicam Carlos Lopes

Placar da anistia não mudou, garante oposição
Lideranças da oposição ao governo Lula (PT) garantem que não houve alteração na Câmara no “placar” do projeto da anistia aos presos do 8/jan, cuja urgência foi aprovada há duas semanas. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e o líder, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), contam com 311 votos a 163, apesar dos esforços contrários do relator, deputado Paulinho da Força (SD-SP), e do presidente da Casa, Hugo Motta.

Tudo pelo governo
Motta tenta voltar holofotes ao projeto de isenção do imposto de renda, “popular” com o eleitorado e, especialmente, com o governo petista.

Anistia é geral
O deputado Zucco (PL-RS) é claro: “não há meia anistia” e defende que todo o julgamento pelo suposto golpe de Estado deve ser anulado.

Dosimentira
Segundo Zucco, alterar a dosimetria de penas é inconstitucional. “Coisa do Paulinho [da Força], [Michel] Temer e Aécio [Neves]”, disse ele.

Difícil entender
Marcel van Hattem (Novo-RS) se impressionou com a lista de pessoas que, mesmo falecidas, tiveram descontos nas aposentadorias pagos à Conafer: “Até ressuscitaram aposentados, inacreditável!”.

Inevitável
Hattem registrou, com fina ironia, o fato de a “grande mídia” dar atenção e espaços mínimos às denúncias da CPMI do INSS, mas aposta: “ouvi dizer que vão começar a mudar de rota”.

Comissão no afano
Em alguns momentos de sinceridade, o presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, revelou ontem durante seu depoimento que o desconto dos aposentados rendia comissões de 10% do faturamento.

Azul nota de 100
As denúncias na CPMI do INSS contra Carlos Roberto Lopes, dirigente da Conafer, dividiram holofote, nas redes sociais, com as mãos tingidas do depoente durante o depoimento. “Mão” virou termo de busca no ‘X’.

Saúde deteriora
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) divulgou posto na noite desta segunda-feira informando que estava sob avaliação nova internação hospitalar do seu pai, após novos surtos de soluço e vômito.

Justiça seletiva
Prestes a ser notificado via edital pelo STF, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lembrou da ação contra Guilherme Boulos (Psol-SP), extinta após 6 anos sem o ex-“sem-teto” ser localizado: “A lei muda de acordo com o cliente?”

Grupo poderoso
Está na pauta do Senado nesta terça (30) a criação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, previsto na reforma tributária. É quem vai decidir como serão distribuídos os trilhões do novo imposto.

Leite de chuchu
Dito como certo nos dias após a “ótima química” nas Nações Unidas, o prometido encontro entre Lula e Donald Trump continua emperrado mesmo. E, pasmem, sendo gerenciado pelo vice Geraldo Alckmin.

Pensando bem…
…pintar as mãos não apaga digitais.

PODER SEM PUDOR
A falta que escola faz
Matemática não é o forte de José Dirceu e petista não estuda, lacra. Um petista da velha guarda, de boa memória, contou que em dezembro de 1996, Zé Dirceu comandaria uma reunião, que prometia ser longa, e escorregou na tabuada ao fixar tempo máximo de 15 minutos para cada tema. Com quatro inscritos no primeiro assunto, ele sentenciou, com auxílio de uma máquina de calcular: “⁠Cada um falará 3 minutos e 75 segundos!” Alguém alegou que 3m75s são, na verdade, 4 minutos e 15 segundos. Ele aceitou a nova conta. Mas soma deu 17 minutos.

  • Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
  • @diariodopoder

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