Quarta-feira, 15 de outubro de 2025

CPMI do 8 de janeiro é nosso movimento mais importante, diz Jair Bolsonaro

Em encontro com aliados, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ressaltou a importância da CPMI do 8 de janeiro e disse que a comissão é “o nosso movimento mais importante no momento”. Durante o encontro com presidentes estaduais e regionais do Partido Liberal, realizado em Brasília, o ex-mandatário afirmou que “estava vendo algumas pessoas perdidas” e convocando manifestações, mas pediu que não o façam.

“Estava assistindo agora à instalação da CPMI. Apesar da minha experiência de 28 anos de parlamento, a gente sempre aprende alguma coisa a mais. Essa CPMI é muito importante para nós. Mais que qualquer movimento que porventura alguém queira fazer. Eu até peço: não faça. O movimento mais importante nosso no momento é a CPMI. Estou vendo algumas pessoas perdidas, querendo marcar amanhã com o povo na rua… Peço: não faça”, declarou.

Seguindo a orientação e após ser criticada nas redes, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) desconvidou seguidores a comparecerem a um ato organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) em defesa do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última semana. A parlamentar foi acusada de “traição” por bolsonaristas depois de fazer uma publicação de apoio à manifestação.

CPMI do 8 de janeiro

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que busca investigar os ataques golpistas de 8 de janeiro foi instalada no Congresso Nacional nesta quinta-feira, e é vista por bolsonaristas e governistas como oportunidade de projeção política e disputa pelo domínio do discurso sobre os atos dentro e fora das sessões.

Apesar de a adesão tardia à comissão, parlamentares governistas buscam ligar as cenas de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes à figura de Bolsonaro. Eles defendem que financiadores e possíveis idealizadores dos atos golpistas estão diretamente ligados ao ex-presidente e a um suposto de plano de tentar mantê-lo no cargo mesmo após a derrota eleitoral.

Por outro lado, os bolsonaristas defendem a tese de que houve omissão do governo recém-empossado para conter os golpistas, mirando principalmente no ministro da Justiça, Flávio Dino.

Michelle Bolsonaro cancelou a participação no evento com as lideranças do PL após sentir mal na quinta-feira. Segundo a assessoria, a ex-primeira dama recebeu atendimento médico e seu estado de saúde é estável — a expectativa é que ela retorne às atividades profissionais nos próximos dias.

A presença de Michelle — que hoje ocupa o posto de presidente do PL Mulher — era esperada no encontro com representantes de diretórios regionais e com as presidentes da ala feminina da legenda.

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