Segunda-feira, 14 de julho de 2025

Criminosos conseguiram lucrar R$ 3 milhões roubando dinheiro de mais de 35 mil alunos que desejavam fazer o Enem

Criminosos conseguiram lucrar R$ 3 milhões ao roubar dinheiro de 35.294 alunos que desejavam fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2024, conforme informações do Estado de S. Paulo. Pelo menos duas pessoas estão envolvidas no esquema fraudulento, que aproveitou o período de inscrições do exame para aplicar golpes em milhares de estudantes.

Durante o período oficial de inscrições, entre 27 de maio e 14 de junho do ano passado, os golpistas criaram páginas falsas na internet que simulavam o ambiente oficial do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão responsável pelo Enem. As plataformas falsas eram visualmente semelhantes ao site oficial, o que enganou muitos estudantes e seus responsáveis.

Os candidatos lesados, além do prejuízo financeiro, acabaram também sem a inscrição no exame, o que comprometeu seus planos acadêmicos e profissionais. Ao acessarem os sites falsos, os estudantes eram direcionados a fazer o pagamento da taxa de inscrição por meio do sistema Pix — um método rápido e popular de transferência bancária. Eles acreditavam estar se inscrevendo corretamente na prova, quando na verdade o dinheiro estava sendo desviado.

A investigação da Polícia Federal (PF) apontou que os valores pagos foram destinados a uma conta bancária aberta em nome de uma empresa privada que não estava autorizada a receber tais recursos. Oficialmente, apenas o Inep é o recebedor das taxas de inscrição do Enem. A conta estava vinculada a uma fintech, o que pode ter facilitado a movimentação dos valores sem despertar atenção imediata.

Segundo a PF, o nome da empresa não foi divulgado, mas há registros de diversas queixas na internet sobre cobranças indevidas semelhantes, o que indica que o golpe pode ter sido aplicado em outras ocasiões ou por meio de outras fraudes parecidas.

Um dos investigados já tem ao menos 15 anotações criminais por estelionato. Isso reforça a suspeita de que se trata de um esquema profissional e recorrente. O histórico criminal do suspeito também aponta para o uso contínuo de fraudes digitais como modo de atuação.

Na última quinta-feira (10), a Polícia Federal deflagrou uma operação para combater o esquema. Além da fraude em si, os crimes incluíam publicidade enganosa em redes sociais e o uso indevido de sinais públicos do governo federal, do Ministério da Educação (MEC) e do Inep. (Com informações do Estado de S. Paulo)

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