Quinta-feira, 28 de março de 2024

Criminosos usam promessas de vantagem financeira para aplicar golpes nas redes sociais

Um desconto, um jantar de graça, uma promoção. Nas redes sociais, essas promessas boas demais podem ser armadilhas.

O músico Gustavo Borja Surniche foi na polícia registrar um golpe que fez a vida dele virar de cabeça para baixo. Ele recebeu mensagem do perfil de um restaurante conhecido em BH, tinha ganhado um jantar grátis. Gustavo respondeu enviando o seu número de celular. Em seguida, ele recebeu uma mensagem com um link, que era falso.

Foi o suficiente para os golpistas redefinirem a senha. Modificaram e-mail, celular e bloquearam o acesso dele à conta. O impostor vendeu móveis em nome do músico, com depósito antecipado.

“Geladeira, fogão, videogame, televisão, celular. Começou a vir gente para buscar produto que nem existe”, conta Gustavo.

Dezesseis pessoas caíram no golpe e depositaram valores em uma suposta conta do músico.

A advogada Andrezza Rodrigues, que é vizinha do Gustavo, foi uma delas: “Ele só perguntou o número da minha residência. Eu falei: se a gente já se conhece, eu estou no mesmo lugar, então ele perguntou para passar para o carreto. Então, ele está com meus dados, número da minha conta, meu nome completo. Ele tem os meus dados todos”.

Todo mundo conhece alguém que já recebeu alguma mensagem e, por descuido, caiu num golpe. A maioria com links falsos. Os criminosos sempre querem uma vantagem financeira. Por isso, a gente precisa desconfiar de tudo.

São várias ofertas. Desde oferecimento de benefícios até grandes descontos. Mensagem oferecendo cartão com anuidade zero. Basta clicar, mas não há nomes de bancos. Outro link falso diz que há pendências em um banco que você precisa resolver urgentemente. Muitos golpistas fingem ser de grandes empresas.

“Desconfie de qualquer mensagem que você receba passivamente, ou seja, que você não solicitou aquilo. E tenha sempre uma solução de proteção ativa no dispositivo que você usa para acessar internet, para que se algo malicioso tiver entre você e a navegação do site que você está tentando acessar, ele seja interrompido e você não sofra mais danos”, orienta Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação.

Uma mulher, que prefere não ser identificada, caiu em um golpe virtual, de férias, em outro estado. Depois de pesquisar o perfil de um restaurante, recebeu a oferta de uma promoção e clicou num link. Passou o número celular. Teve a rede social invadida e muitos amigos fizerem depósitos em uma conta falsa. E o criminoso ainda pediu resgate em dinheiro para devolver a rede social da mulher.

“A minha sorte é que quando ele começou a me chantagear, eu já estava em uma delegacia e recebi orientação do policial para não responder. Em todas as redes eu retirei o perfil, porque eu fiquei amedrontada de como essa pessoa poderia agir. Então, eu ainda não estou tranquila”, relata.

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