Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de novembro de 2025
O ator Dado Dolabella voltou a ocupar espaço nos noticiários após admitir, em entrevista recente, que agrediu a atriz Luana Piovani em 2008. O episódio, que já havia resultado em condenação judicial em 2010 com base na Lei Maria da Penha, foi agora reconhecido pelo próprio artista como um ato de covardia.
“Fui covarde”, declarou Dolabella, ao comentar o caso que marcou sua trajetória pessoal e profissional. A fala repercutiu intensamente nas redes sociais, dividindo opiniões entre internautas que consideraram o reconhecimento tardio e outros que viram na declaração um gesto de arrependimento.
Na época, Luana Piovani denunciou o ator por violência doméstica, e o processo incluiu também a agressão a uma camareira da atriz. Dolabella foi condenado, mas recorreu e cumpriu medidas alternativas. O caso se tornou emblemático por envolver duas figuras públicas e por ter ocorrido em um momento em que a Lei Maria da Penha ainda era recente, ampliando o debate sobre violência contra mulheres no Brasil.
A atriz, em entrevistas recentes, voltou a falar sobre o episódio, destacando não apenas a agressão física, mas também o impacto emocional e social que sofreu. “A maior dor não foi ser agredida, mas o que a sociedade fez comigo”, disse Luana, em referência ao julgamento público e à falta de apoio que enfrentou.
Dolabella, por sua vez, afirmou que busca reconstruir sua imagem e que reconhece os erros cometidos. Em outras ocasiões, o ator chegou a alegar que havia uma “campanha para destruir sua imagem”, mas agora admite a responsabilidade pelo episódio.
A repercussão reacende discussões sobre machismo estrutural, responsabilidade pública de artistas e a importância de dar voz às vítimas de violência. Especialistas apontam que casos como este ajudam a expor a necessidade de políticas de proteção mais eficazes e de uma mudança cultural que não relativize agressões.