Domingo, 01 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 30 de maio de 2025
A Defesa Civil Municipal de Porto Alegre realizou nessa sexta-feira (30) uma ação de apoio humanitário ao município de Mostardas (Litoral Sul), severamente impactado pela passagem de um ciclone extratropical pela costa gaúcha nesta semana. Uma equipe levou colchões para famílias acolhidas em abrigos temporários.
De acordo com a prefeitura, o transporte foi realizado com o apoio da Guarda Municipal, que disponibilizou veículo e motorista para a logística de auxílio.
Mostardas registrou volumes extremos de chuva, com mais de 400 milímetros acumulados nos últimos dias, o que representa quase quatro vezes a média histórica de todo o mês de maio. Estima-se em cerca de 200 o número de famílias atingidas.
Também foram suspensas as aulas nas escolas. Na localidade de Solidão, no interior do município, foi uma das mais afetadas, com uma inundação repentina ao longo de 15 quilômetros às margens da rodovia estadual RSC-101.
“Sempre que há necessidade e dentro da nossa capacidade operacional, Porto Alegre está à disposição para colaborar com outros municípios”, destacou o diretor-geral da Defesa Civil da capital gaúcha, Hélio Oliveira. “Somamos esforços para levar auxílio imediato às famílias que perderam suas casas ou precisaram sair devido à inundação.”
Granpal
O prefeito de Guaíba e presidente da Granpal (associação que reúne prefeitos de municípios da Grande Porto Alegre), Marcelo Maranata, juntamente com colegas da entidade, orientou que o Fórum de Defesa Civil, coordenado por Vanderlei Marcos, também organizasse medidas de auxílio a Mostardas.
“Não há pessoas em área de situação de risco”, amenizou Marcos. “Todas já foram resgatadas e estão em abrigos ou em residências de parentes. Mas há uma necessidade de donativos de materiais como colchões, água, cobertores e, principalmente, roupas.”
Ele acrescentou: “É muito importante essa ajuda no momento, pois mostra a sensibilidade e a cooperação entre os municípios, que é o nosso espírito de defesa civil, de sempre estar ao lado quando mais precisam”.
Ao longo do dia, habitantes de Mostardas utilizaram maquinário agrícola comumente empregado em lavouras de arroz e soja, mas desta vez para escoar a água que invadiu casas e lojas. Foram instaladas cinco bombas de escoamento no quilômetro 194 da estrada, retirando água de um dos lados da via (o mais próximo do oceano) para o outro, mais perto da Lagoa dos Patos e onde não há imóveis.
(Marcello Campos)