Segunda-feira, 03 de novembro de 2025

Defesa de acusados de agredir o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, pede acesso a imagens do aeroporto

A defesa do empresário Roberto Mantovani Filho pediu acesso às imagens dos episódios de agressão ao ministro Alexandre de Moraes e sua família no aeroporto de Roma.

O pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas a defesa também considera solicitar diretamente às autoridades italianas. Um advogado local já foi consultado e a família avalia os custos. O receio da defesa é não ter acesso às imagens com agilidade.

“Se o governo brasileiro está empenhado em obter provas no interesse daqueles que se dizem vítimas de ofensas ou agressão, igual direito têm os supostos autores. É justo que ambas as partes recebam o material, em igual tempo, podendo analisá-lo na sua plenitude”, diz o advogado Ralf Tórtima, que representa a família, por meio de nota.

“Já solicitamos acesso às imagens nos autos que tramitam no STF. Aguardamos uma decisão nesse sentido. É muito importante que haja respeito a chamada ‘paridade de armas’, permitindo que a defesa também receba, com agilidade, cópia das imagens fornecidas pela Itália”, prossegue a nota.

À Polícia Federal, Mantovani Filho negou ter agredido o filho do ministro. Disse que agiu para “afastar” um homem que proferia ofensas à sua esposa, Andréia Munarão.

“Ele nega que tenha havido o empurrão. Ele disse que em razão de ofensas que eram proferidas à sua esposa, ele afastou essa pessoa, que ele sequer sabia quem era, mas era uma pessoa que fazia ofensas bastante pesadas, muito desrespeitosas a sua mulher”, alegou o advogado Ralph Tórtima. “Posteriormente, teria sido dito a eles se tratar do filho do ministro Alexandre de Moraes, mas é algo que não sei dizer se de fato é filho dele.”

O ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado no último dia 14 por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Fiumicino, em Roma. Moraes passava pelo terminal com a família, vindo da palestra em Siena, quando foi abordado por três brasileiros que o teriam chamado de “bandido, comunista e comprado”.

Os supostos envolvidos já prestaram depoimento à Polícia Federal. Os esclarecimentos colhidos pela corporação, no entanto, têm divergências com o relato dado pelo ministro.

Depoimento

Em quase duas horas de depoimento na delegacia da PF em Piracicaba, no interior de São Paulo, Roberto Mantovani afirmou que houve um “entrevero” com o filho do ministro, que teria feito “ofensas bastante pesadas” à sua esposa no aeroporto, segundo o advogado de defesa.

A defesa do empresário disse ter entregado à Polícia Federal vídeo que mostra o ministro do STF conduzindo seu filho à sala VIP. Segundo o relato, antes, ambos fizeram referências às providências que seriam tomadas contra a família ao chegarem ao Brasil. “Nesse momento, Alex Zanatta, que estava com o casal, indaga o ministro se estaria ameaçando a todos. O ministro vira e diz: ‘Bandido’. Em ato contínuo, segue com seu filho e ingressa na sala VIP”, contou o advogado.

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