Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 19 de setembro de 2025
Depois do desabafo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) — que fez críticas públicas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e, em reunião fechada com líderes, ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto —, o clima entre os dois lados só fez piorar.
Em entrevista para uma rádio de Minas, Costa Neto acusou Alcolumbre de trabalhar para o Supremo.
“Davi Alcolumbre trabalha para o Supremo, não trabalha para nós. Mas vai pagar caro por causa disso. Vai pagar caro se ele não se comportar como tem de se comportar, como um presidente do Senado tem que se comportar”, disse.
Valdemar afirmou ainda que o comportamento do presidente do Senado vai inviabilizar sua reeleição em 2027 e que vai impedir os trabalhos no Senado se a anistia não for pautada.
O presidente do Senado evitou comentar os ataques do presidente do PL, mas interlocutores disseram que esse tipo de ameaça não funciona com Alcolumbre.
Na avaliação de interlocutores do presidente do Senado, os ataques de Valdemar Costa Neto e de Eduardo Bolsonaro a Alcolumbre vão reforçar a rejeição no Senado tanto à PEC da Blindagem quanto a um projeto de anistia aos golpistas de 8 de janeiro 2023.
Críticas
O presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), criticou na última quarta-feira (17) o deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A crítica ocorreu na mesa do plenário, durante sessão do Senado. Eduardo se mudou para os Estados Unidos e tem buscado o governo Donald Trump para aplicar sanções ao Brasil em razão do julgamento do golpe do Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Alcolumbre disse que não dá para um deputado ficar nos Estados Unidos instigando o país contra o Brasil. Afirmou ainda que não dá para “aguentar essas agressões calado”.
“Ver um deputado federal, do Brasil, eleito pelo povo de São Paulo, lá nos Estados Unidos, instigando um país contra o meu País”, afirmou.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro e, até julho, estava de licença do cargo de deputado federal. A última vez em que ele registrou presença em plenário foi em 13 de março.
Ele retomou o mandato e, na quarta, foi escolhido como líder da minoria — em uma manobra para que ele não perca a vaga por falta.