Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 29 de abril de 2025
A polêmica em torno da suposta nova camisa da Seleção Brasileira vai muito além da questão estética. Em um Brasil dividido, polarizado e com rusgas entre esquerda e direita, a Seleção deverá ter, em ano de eleição presidencial, uma camiseta com tonalidade que remete, para muitos, a um espectro político.
Vazou, nessa segunda-feira (28), que a Canarinho terá uma camisa vermelha na Copa do Mundo de 2026, caso a classificação para o torneio seja confirmada. Segundo foi divulgado pelo site Footy Headlines, o uniforme entrará no lugar da tradicional azul como camisa reserva.
O deputado federal Zé Trovão (PL/SC) apresentou nesta terça-feira (29) um projeto de lei que determina a obrigatoriedade do uso das cores oficiais da bandeira do Brasil (verde, amarelo, azul e branco) por todas as entidades públicas ou privadas que representem oficialmente o País.
Entre as entidades, estaria incluída a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). De acordo com o texto do projeto de lei, a exigência se aplica a uniformes, identidades visuais, materiais promocionais e institucionais de delegações esportivas, missões diplomáticas e consulares, delegações científicas, tecnológicas ou culturais, além de organizações da sociedade civil que atuem em parceria com o poder público.
A representação oficial é considerada toda participação que tenha delegação, chancela ou financiamento público, total ou parcial. O projeto prevê sanções para o descumprimento da medida, incluindo advertência, suspensão de repasses públicos e até impedimento de representar oficialmente o Brasil por até dois anos.
Caso aprovado, o Poder Executivo terá 90 dias para regulamentar a lei, estabelecendo padrões mínimos para o uso das cores, respeitando a identidade visual das entidades. Segundo Zé Trovão, a iniciativa visa reforçar o sentimento de pertencimento e orgulho nacional.
“A bandeira nacional é o maior símbolo de nossa identidade. Suas cores carregam valores, história e a união do povo brasileiro. É essencial que, em todas as representações oficiais, essa simbologia esteja presente de forma visível e respeitosa”, disse o parlamentar.
O deputado destacou ainda que a proposta não busca padronizar a comunicação das instituições, mas sim garantir que, quando atuarem em nome do Brasil, mantenham uma conexão visível com os símbolos nacionais.
“Trata-se de um ato de reverência à nossa história e de fortalecimento da imagem do país no cenário internacional”, concluiu.
O projeto de lei segue agora para análise das comissões da Câmara dos Deputados.