Domingo, 03 de agosto de 2025

Deputado federal Glauber Braga completa 84 horas em jejum na Câmara; sinais vitais estão estáveis

A equipe do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) informou neste sábado (12) que o parlamentar tem sinais vitais estáveis, apesar das 84 horas em jejum.

O deputado está dormindo em um dos plenários da Câmara desde quarta-feira (9), quando o Conselho de Ética da Casa aprovou um relatório que recomendou a cassação do seu mandato. A palavra final sobre a cassação cabe ao plenário.

Em protesto, Glauber anunciou que faria uma greve de fome e não deixaria as dependências da Câmara até a votação final do seu processo. Ainda não há uma definição sobre quando o caso será pautado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Segundo a assessoria do parlamentar, ele está mantendo hidratação adequada, conforme orientações a equipe médica que o acompanha. Os médicos têm feito duas visitas por dia ao deputado.

“Glauber apresentou sinais vitais estáveis, pressão arterial dentro de parâmetros de referência e pulsos vigorosos. No geral, está em bom estado, apesar de algum abatimento, o que certamente se explica pelo seu jejum, ainda que seu brio seja indiscutível”, afirmou o médico Bernardo O. Ramos, um dos responsáveis pelo atendimento.

O deputado tem ingerido água, solução isotônica e água de coco. Na manhã deste sábado, ele tomou meio litro de isotônico, de acordo com a equipe médica. Glauber tem dormido, em média, quatro horas por noite.

Entenda o caso

O congressista responde a um processo por agredir, em abril de 2024, o youtuber Gabriel Costenaro, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre). Na ocasião, o deputado disse que havia sido provocado e, por isso, se sentiu intimidado pelo ativista.

Gabriel, por sua vez, afirmou que foi abordado por Glauber enquanto almoçava e, então, expulso aos pontapés da Câmara dos Deputados. Depois do episódio, o Novo enviou à Mesa da Câmara o pedido de cassação do mandato do carioca, que foi encaminhado por Lira ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

O congressista declarou repetidas vezes que o relatório a favor de sua cassação, do relator Paulo Magalhães (PSD-BA), é resultado de uma negociação com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que o psolista acusa de persegui-lo.

Glauber Braga e seu partido foram responsáveis por iniciar a ação judicial que fez o STF (Supremo Tribunal Federal) travar a destinação de emendas, em 2024. Na oportunidade, o congressista disse que Lira “sequestra” o Orçamento com a execução de emendas de congressistas.

O Conselho de Ética da Câmara aprovou o pedido de cassação por 13 votos a 5. Essa aprovação, no entanto, não resulta na perda imediata do mandato. Braga pode entrar com um recurso para que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) analise o parecer, antes de ser votado no plenário. Caso vá a plenário, o processo precisa de ao menos 257 votos favoráveis para confirmar a cassação. As informações são do portal Poder 360.

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