Sábado, 25 de outubro de 2025

Deputado Sérgio Peres: “Viver com nanismo no Brasil ainda requer um esforço extraordinário”

O 25 de outubro marca o Dia Nacional de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo. Autor da Lei 15.952/23 que instituiu a Semana Estadual da Pessoa com Nanismo, para difundir informações, construir políticas públicas e combater o preconceito, o deputado estadual Sergio Peres (Republicanos) avalia que “reconhecemos os avanços da medicina e da tecnologia, que permitiram melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, e verificamos a ampliação do debate acerca de políticas inclusivas e do respeito à diversidade.”

O deputado admite, porém, que ainda existem muitos obstáculos a serem enfrentados: “Contudo, viver com nanismo no Brasil ainda requer um esforço extraordinário. O nanismo é considerado uma doença rara, e se configura a partir de uma anomalia genética, nem sempre hereditária, que não afeta a capacidade intelectual do indivíduo”.

Sérgio Peres analisa o contexto, observando que “estamos falando de um universo complexo, que registra, hoje, cerca de 200 tipos de nanismo em todo o mundo”. Para ele, a falta de mapeamento populacional dessa deficiência no Brasil é identificada como um dos fatores que mantêm as pessoas com nanismo alijadas da pauta de ações do poder público.

Hoje as pessoas com nanismo têm como principal estratégia de luta o ativismo por meio de associações formadas por suas famílias, que reivindicam visibilidade para esse grupo social que enfrenta dificuldades de toda a ordem. A principal delas refere-se ao acesso a equipamentos públicos, como ônibus e banheiros, que já contemplam a população cadeirante, mas ainda não estão preparados para o uso do cidadão com nanismo.

Para o deputado, “além das barreiras arquitetônicas que impedem a acessibilidade, existe a barreira social verificada na satirização da pessoa com nanismo, revelando um modelo cultural perverso, que agrava, ainda mais, as condições de vida desses cidadãos e aumenta a responsabilidade de todos nós na luta contra a discriminação”. Otimista, ele projeta porém, um cenário futuro de mais solidariedade e compreensão em relação ao nanismo:

“Que saibamos assumir juntos a missão de fazer valer direitos, garantir o atendimento integral, combater preconceitos e promover a empatia”, afirma Sérgio Peres.

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