Domingo, 28 de dezembro de 2025

Deputados fizeram 388 viagens em “missão oficial”

Justificativa para bem-bom custeado pelo pagador de impostos, deputados desfrutaram de 388 onerosas “missões oficiais” ao longo deste ano, a maioria em belíssimos lugares no exterior, como Estados Unidos e Europa. No topo, dois governistas: o comunista Orlando Silva (SP) e o petista Pedro Uczai (SC), com nove viagens cada um. Orlando acumula destinos como Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra), Bruxelas (Bélgica), Hanói (Vietnã) e maravilhas nacionais, no litoral do Nordeste.

Tacada de R$20 mil
Entre junho e julho, quando passou bons dias em missão na Europa, o comunista nos custou R$8,8 mil em passagens e R$12,1 mil em diárias.

Cuba-libre
Das nove viagens, o petista dedicou oito em rolês pelo Brasil. A exceção foi no fim de janeiro, quando passou três dias em Havana (Cuba).

Embromação paga
Em Cuba, Uczai participou do seminário “Construindo a Nova Ordem Mundial Internacional”. Passagens de R$2,8 mil e R$9,3 mil em diárias.

Pândega de excelências
A farra das “missões” não faz distinção partidária ou de espectro político. Foram 199 os deputados que desfrutaram da benesse este ano.

Há um ano, Boletim Focus esperava Selic menor
A última edição do Boletim Focus de 2024 trouxe expectativa da Selic, taxa básica de juros da economia, ligeiramente mais baixa do que a atual 15%. O documento, feito com base em pesquisas do Banco Central com agentes do mercado financeiro, projetou a taxa em 14,75%. Quatro semanas antes a expectativa era até melhor, 12,63%. Mas mudou após azedume do mercado com o governo Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já confessou não entender sobre economia.

PIB, ok
O resultado esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar dentro do projetado. À época, crescimento em 2,01%.

Dólar caro
O mercado também projetou o dólar a R$5,96. Quatro semanas antes, estava em R$5,60. Na sexta (26), a moeda fechou em R$5,54.

Dilema do copo
A inflação projetada para o ano foi de 4,40%. Nos 11 meses de 2025, o marcador está em 3,92%. De novembro a novembro, sobe para 4,87%.

Na agenda
Era para ser sexta (26), mas ficou para esta segunda-feira (29), o fim do prazo para o Banco Central explicar a liquidação do Banco Master. O prazo foi estipulado pelo TCU, que pouco tem a ver com o assunto.

Risco real
Médico cardiologista, Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde, lembra que apneia e refluxo, como parece ser o caso de Jair Bolsonaro, aumentam riscos reais de morte súbita e broncoaspiração.

Investigação seletiva
Rogério Marinho (PL-RN) diz que a CPMI evitou que a ladroagem no INSS virasse pizza. “O governo Lula escolheu quem investigar e quem blindar”. O senador diz que a comissão rompeu com a seletividade.

Desarranjo
Dados do IBGE mostram que os casamentos no Brasil estão durando menos. O tempo médio nacional das uniões fica em 13,8 anos. Na capital federal, o índice é ainda menor, dica em 12,9 anos.

Milagre natalino
É perto de zero a chance de Rebeca Ramagem conseguir o desbloqueio das contas bancárias. Sem conseguir sacar o salário, a esposa de Alexandre Ramagem não tem como sustentar as duas filhas menores.

Cubículo
Passado o período pós-cirúrgico, a defesa de Jair Bolsonaro vai tentar a progressão da pena para regime domiciliar. A defesa destaca o tamanho da cela, cubículo de cerca de 12 m², ao pedir a transferência.

Ordem atípica
Ainda causa estranhamento a tal acareação ordenada por Dias Toffoli (STF) envolvendo o Banco Master, o BRB e o Banco Central. É que esse tipo de pedido normalmente é feito pela polícia ou Ministério Público.

Hugo Mamatta
Viraliza nas redes sociais imagens da corrida promovida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo com sátira aos políticos. Tem personagens tipo “Hugo Mamata” e “Davi Álcool Lombra”.

Pergunta em Brasília
No fogo amigo da Esplanada, tem amigo oculto ou inimigo declarado?

Poder sem Pudor

Polarização lá, como cá
Na visita do presidente Fernando Collor a Washington, em 1990, George Bush (Republicano) ofereceu jantar em sua homenagem com dezenas de convidados, como a prefeita de Houston, Kathryn Whitmirel (Democrata), eleita quatro vezes. Político fino, Bush tentava atrai-la para seu projeto de reeleição. De repente, alguém falando alto, chamou atenção. O embaixador Marcos Coimbra, que assistiu a cena, logo o reconheceu: era Bush Filho. Ele mesmo, George W. Bush, que anos depois também seria eleito presidente. Ele reclamava em voz alta da presença de Whitmirel: “Ela não votou em papai! O que faz aqui?…”

Cláudio Humberto

@diariodopoder

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