Quinta-feira, 19 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 19 de junho de 2025
Sob pretexto de “Missão Oficial”, deputados federais rodam o mundo às custas do pagador de impostos, que precisou desembolsar mais de R$2 milhões, desde o início do ano, com o vai-e-vem de suas excelências. Os destinos geralmente são os melhores que o dinheiro pode pagar: Suíça, Itália, França, Inglaterra, Japão, Portugal e etc. Desde janeiro, já foram realizadas 125 missões autorizadas. Alguns parlamentares deitam e rolam, já fizeram até três viagens este ano, tudo por conta da Viúva.
Fatura: R$48,9 mil
A viagem mais cara foi de José Rocha (União-BA), ao Uzbequistão, participar da Grulac, R$12,6 mil em diárias e R$36,3 mil de passagens.
Prata da gastança
No mesmo bonde de José Rocha embarcou Átila Lins (PSD-AM), outro abalo no Tesouro: R$12,5 mil em diárias e R$33,6 mil com passagens.
Por aí
Hugo Motta (Rep-PB) acumula três viagens em “missões oficiais”, todas na gringa, desfilou pelos Estados Unidos, Japão, Vietnã e Vaticano.
Tour petista
Paulão (PT) fez três viagens, incluindo ao Panamá, paraíso de praias que não rivalizam com o lindo litoral de Alagoas, seu Estado.
Economista diz que carga tributária não faz sentido
“Não existe análise consequente no Brasil que não chegue a essa conclusão: cortar gastos”, apontou um dos economistas mais admirados do Pais, Marcos Köhler, em entrevista ao podcast Diário do Poder. Para Köhler, a carga tributária imposta aos brasileiros atesta a necessidade. “Estamos chegando na carga tributária de países desenvolvidos, não faz sentido”, diz ele. No Reino Unido super-desenvolvido, impostos somam 34,3%; no Brasil, em 2024, apropriam-se de 32,5% da riqueza nacional.
Problema é o volume
“Ninguém é contra imposto, imposto compra civilização. O problema é o tamanho da carga tributária”, explicou o economista.
Não é mágica
Segundo Köhler, Javier Milei dá o exemplo agora, mas asiáticos já o faziam no passado: “gasto fiscal moderado e liberdade de mercado”.
Nem tudo
“Existem exemplos de crescimento na Ásia sob regimes autoritários, mas a gente não precisa copiar essa parte”, observa Köhler.
Bobo do G7
Alvo de sorrisos de deboche até do “très amigo” francês Emmanuel Macron, após atrapalhar o início de reunião e até a foto com chefes de Estado e de governo, Lula (PT) virou o bobo da corte do G7.
Crescem os ex-petistas
O Datafolha sobre a polarização política no Brasil revela um fenômeno curioso: cinco pontos percentuais de eleitores que se diziam petistas agora se declaram bolsonaristas, estabelecendo empate em 35%.
Segurança de graça
Ministros do STF condenaram os brasileiros a pagar segurança pessoal vitalícia para cada um deles. A regalia era só para ex-presidentes da República e os primeiros três anos de aposentadoria de seus ministros .
Cidadãos respeitados
O príncipe Harry, que renegou a família real, processou o Reino Unido para manter seus seguranças. A Justiça de lá respeita os pagadores de impostos: proibiu benefício individual fora do serviço público.
Constituição no chão
Viralizou o emocionado discurso do vereador Gilson Machado Filho (PL-PE) contra o prende-solta do pai, ex-ministro do Turismo, sob alegações sem provas. Ele jogou um exemplar na Constituição no chão afirmando que é isso o que tem feito o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Choque até na esquerda
“Temos notícia de que Carlos Bolsonaro iria ser lançado candidato ao Senado por Santa Catarina e, basicamente, foi indiciado pela PF 48 horas depois”, espantou-seu o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta.
Já te vi
Quem vai relatar processo de cassação de Carla Zambelli (PL-SP) na Câmara é Diego Garcia (Rep-PR). De oposição, ganhou notoriedade ao dar um safanão no petista Paulo Teixeira, à época deputado, em 2021.
Cotado
Cresce a chance de ficar com Evair de Melo (PP-ES) a relatoria da CPMI que vai investigar o roubo a aposentados do INSS. Hugo Motta, presidente da Câmara, não deve indicar nomes do PL ou PT ao posto.
Pensando bem…
…cadê as passagens aéreas a R$200?
Poder sem Pudor
Porteiro, só ateu
No primeiro dia de trabalho como prefeito do Recife, nos anos 1960, Augusto Lucena reuniu a assessoria. Tinha pressa. Mas a reunião era interrompida a todo instante por pessoas que queriam cumprimentar o novo prefeito. Ele pediu à secretária que mandasse o porteiro informar que ele não se encontrava. Momentos depois, ela voltou para dizer que não seria possível: “O porteiro é evengélico e disse que não pode mentir.” Segundo relatam jornalistas da época, Lucena não contou conversa: “Então a senhora me arranje um porteiro ateu!”
Cláudio Humberto
@diariodopoder