Terça-feira, 15 de julho de 2025

Desassoreamento dos rios no estado é tema de seminário na Assembleia Legislativa

O desassoreamento dos rios no Rio Grande do Sul foi tema de seminário realizado nesta segunda-feira (14), na Assembleia Legislativa, na capital. A iniciativa, que integra a Comissão Externa sobre Danos Causados pelas Enchentes no estado da Câmara dos Deputados, reuniu parlamentares e representantes de empresas públicas e privadas. O encontro promoveu a discussão de propostas para a retirada de sedimentos. A comissão é coordenada pelo deputado federal Marcel Van Hattem, que esteve presente na sessão.

O evento discutiu uma das principais demandas do estado: o desassoreamento dos rios e a dragagem da malha hidroviária. “É claro que há muita burocracia, e que tratar de temas ambientais envolve muito cuidado e é um trabalho de longo prazo. Mas qualquer novo evento climático que possa acontecer preocupa. O poder público precisa estar preparado. E a nossa contribuição é fazer com que esse assunto não apenas seja debatido, que é o primeiro passo, mas também resolvido”, declarou o coordenador da comissão externa, deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).

O deputado estadual Felipe Camozzato (Novo) destacou que o encontro também representa uma cobrança mais firme dos parlamentos federal e estadual sobre a lentidão nas respostas do Executivo. “Na reunião de hoje ficou ainda mais claro que falta a questão do zoneamento, da batimetria, que demorou a iniciar sua realização, e da necessidade de termos essas informações concretas para, enfim, encaminharmos as ações de desassoreamento”, declarou.

Em Igrejinha, o desassoreamento é feito há dez anos, segundo o prefeito da cidade, Leandro Horlle. “É possível fazer o processo de desassoreamento. Em Igrejinha realizamos com retroescavadeira. Estamos sempre realizando manutenção. Com isso, Igrejinha fica mais protegida das fortes chuvas”, disse.

Para o presidente da Associação Hidrovias do Rio Grande do Sul (Hidrovias-RS), Wilen Mantelli, há uma necessidade de dragagem permanente. “A falta de serviço de dragagem permanente impede uma maior circulação de mercadorias para o nosso único porto logístico, o de Rio Grande, que é um caminho para o comércio exterior. Se o governo não tem recursos, vamos buscar uma solução: privatizar o serviço de dragagem permanente”, enfatizou.

Segundo o deputado Pompeo de Mattos, a dragagem é de extrema importância para os rios do estado. “Temos a questão ecológica e econômica sobre o desassoreamento. Os navios nem sobem no porto de Rio Grande. Alguns sobem com meia carga apenas. Precisamos desassorear para evitarmos novas enchentes”, disse.

Canal do Porto de Rio Grande

O diretor de Relações Institucionais da Portos RS, Sandro Oliveira, afirmou que o estado vive um momento inédito em obras de dragagem. “Estamos dragando todos os canais da nossa hidrografia e vamos iniciar o aprofundamento do canal do Porto de Rio Grande. São R$ 731 milhões em investimentos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Já alargamos o canal de Itapuã e avançamos nos quatro canais do segundo lote: Leitão, Letras Brancas, Curadoria e São Gonçalo. Vamos lançar um edital de licitação para mais doze canais. Com isso, a navegação no Rio Grande do Sul poderá voltar à normalidade”, afirmou.

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