Domingo, 28 de setembro de 2025

Dia Nacional da Doação de Órgãos: Porto Alegre realiza escolta simulada para transplante

Em alusão ao Dia Nacional da Doação de Orgãos, celebrado nesse sábado (27), a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) realizou em Porto Alegre uma operação simulada de escolta para transplante. A iniciatva contou com as  parcerias do Hospital de Clínicas, Central de Transplantes do Rio Grande do Sul e Brigada Militar (BM).

A trajetória percorrida teve como ponto inicial o portão 8 da concessionária Fraport, no Aeroporto Internacional Salgado Filho (Zona Norte), e chegada no Hospital de Clínicas (Zona Central), em um total de aproximadamente 9 quilômetros. Participaram nove batedores.

O objetivo foi contribuir para sensibilizar a população sobre o tema e destacar o trabalho essencial que envolve esse tipo de transporte para garantir agilidade e segurança suficientes à abertura de caminhos para que um coração, pulmão, rim, fígado ou córnea, por exemplo, cheguem aos hospitais de destino a tempo de salvar uma ou mais vidas.

“A EPTC atua como facilitadora desse transporte, realizado em cerca 12 minutos, tempo significativamente inferior ao que seria demandado em condições habituais [15 a 20 minutos]”, ressaltou o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto.

De janeiro a agosto, a EPTC já realizou 27 escoltas da modalidade, número que já se aproxima do total registrado em todo o ano anterior. A parceria com a Central de Transplantes do Estado remonta a 2017, contando para isso com o apoio da BM.

Em período semelhante (janeiro a setembro), foram realizados 512 transplantes de órgãos no Rio Grande do Sul. Predominaram os procedimentos envolvendo rim (377) e fígado (90), seguidos por 16 transplantes de coração, 29 de pulmão, 998 de tecidos (incluindo 722 córneas, além de ossos, pele e medula óssea). Santa Casa, Hospital de Clínicas e Instituto de Cardiologia estão entre os principais destinos dos órgãos transportados.

Como funciona

A Central Estadual de Transplantes registra a captação de órgãos a partir de doadores efetivos, possibilitando que muitas vidas sejam salvas. Esse processo tem início com a confirmação da morte encefálica caracterizada pela perda irreversível das funções cerebrais, condição indispensável para doação.

Após essa confirmação, a família é consultada e, mediante autorização, os órgãos podem ser captados e destinados a pacientes que aguardam na fila de transplantes. Ainda assim, muitas oportunidades deixam de se concretizar em razão da recusa familiar, o que reduz o número de procedimentos realizados.

A Central Estadual de Transplantes (CET) é uma divisão do Departamento de Regulação Estadual da Secretaria da Saúde, criada a partir da Lei nº 9.434/1997, que instituiu o Sistema Nacional de Transplantes no Brasil. Desde então, a CET atua dentro dos critérios de normatização e regulação dos procedimentos estabelecidos na área de transplantes.

(Marcello Campos)

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