Terça-feira, 29 de julho de 2025

Diante do interesse dos Estados Unidos por minerais críticos, Lula pede levantamento atualizado das riquezas naturais do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (28) que solicitou ao seu governo um levantamento atualizado de todas as riquezas do solo e do subsolo brasileiros.

Segundo Lula, apenas 30% do potencial mineral do Brasil já foi monitorado. O levantamento será feito, ainda de acordo com o presidente, por meio de uma parceria, a partir da criação de uma comissão “ultraespecial”.

“Agora inventaram uma nova coisa chamada ‘minerais críticos’ […].O pessoal fala ‘terra rara’. Tudo isso é coisa nova. Se para um geólogo era coisa antiga, para nós, normais do planeta terra, tudo isso é novidade”, disse.

“Esses dias li uma matéria que os EUA têm interesse nos minerais críticos do Brasil. Ora, se eu nem conheço esse mineral e ele já é crítico, eu vou pegar ele para mim. Por que eu vou deixar para outro pegar?”, prosseguiu.

De acordo com Lula, a produção mineral brasileira poderá ser utilizada para que o país deixe de ser um país “em vias de desenvolvimento”.

“Temos que dar autorização para as empresas pesquisarem sob o nosso controle. Hora que a gente der autorização e a empresa achar, ela não pode vender sem conversar com o governo. E muito menos vender a área que tem o minério, porque aquilo é nosso. Aquilo é de uma pessoa chamada ‘povo brasileiro’. E o povo brasileiro tem que ter direito de usufruir dessa riqueza”, justificou Lula.

O anúncio foi feito enquanto o presidente falava do interesse demonstrado pelos Estados Unidos na produção de minerais críticos no Brasil. Lula participava de uma inauguração de usina a gás natural no Rio de Janeiro.

O encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, apontou, em mais de uma ocasião, o interesse dos EUA nos minerais brasileiros.

O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, também falou sobre o interesse americano na semana passada.

Lula voltou a afirmar — como tem feito nos últimos dias diante das ameaças de taxação por parte do presidente norte-americano, Donald Trump — que está aberto a negociações com parceiros internacionais.

“Temos que acreditar em nós e fazermos com que as outras pessoas acreditem em nós”, pontuou.

“Eu espero que o presidente dos EUA reflita a importância do Brasil e resolva fazer aquilo que no mundo civilizado a gente faz: tem divergência, senta em uma mesa, coloca a divergência de lado e tenta resolver”, ponderou Lula sobre Trump. A taxa de 50% anunciada pelos EUA está prevista para começar a ser aplicada em 1º de agosto.

(Com informações do portal de notícias g1)

 

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