Terça-feira, 21 de outubro de 2025

Diferença de preços pode levar à economia de até R$ 3 mil por ano, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada pela Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) mostra que pesquisar preços antes da compra em supermercados pode render uma economia anual de até R$ 3 mil ao consumidor.

O levantamento foi feito em 698 estabelecimentos de seis capitais: Belém (PA), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Os técnicos analisaram mais de 92 mil preços colhidos em hipermercados, supermercados e lojas com descontos (hard discount).

Os técnicos da Proteste analisaram dois tipos de cesta de consumo, uma delas formada apenas por produtos de marcas líderes de mercado e outra mais econômica, sem marcas definidas.

No caso da cesta econômica, no Rio de Janeiro, a economia chega a R$ 3.035,40 de diferença, por ano, entre um estabelecimento e outro. Em São Paulo, R$ 2.888,76; R$ 2.279,64 em Salvador; R$ 1.710,12 em Porto Alegre; R$ 1.655,54 em Belém, e R$ 1.155,12 em Goiânia.

Já em relação à cesta com os líderes de marca, a diferença de preços entre mercados diminui, mas ainda é significativa. A variação anual é maior em São Paulo, com R$ 2.265,60, caindo para R$ 2.231,40 no Rio de Janeiro e R$ 1.250,52 em Goiânia. Em Belém, a economia chega a R$ 1.195,12, R$ 1.167,12 em Salvador e R$ 941,52 em Porto Alegre.

Mariana Rinaldi, especialista da Proteste, aponta que os consumidores que pesquisam preços com frequência são menos suscetíveis a grandes variações, pois conseguem distinguir quando um produto, de fato, está mais caro ou barato.

“É preciso considerar que a precificação no varejo é muito dinâmica por ser facilmente impactada por uma série de aspectos, como a movimentação da concorrência, sazonalidade da produção e conjuntura macroeconômica, por exemplo. Até mesmo a região na qual um ponto de venda está localizado influencia o preço final dos produtos, destacou.

Alguns itens ganharam destaque na pesquisa da Proteste pela diferença de preços, como a esponja dupla face no Rio de Janeiro, com uma variação de 443% sem considerar a marca, indo de R$ 2,19 a R$ 5,99. Em São Paulo, o levantamento identificou uma variação de 487% no quilo do limão, entre R$ 1,99 e R$ 5,99.

Ainda na cesta econômica, sem marcas escolhidas, em Goiânia, o desodorizador sanitário foi observado a R$ 1,99 e R$ 6,95, uma diferença de 249%. Enquanto em Belém, o destaque foi o caldo de galinha, entre R$ 1,15 e R$ 2,96 – variação de 157%.

Já na cesta com líderes de marca, em Salvador, a lã de aço foi encontrada entre R$ 1,58 e R$ 4,05, uma diferença de 156%. Em Porto Alegre, também entre os produtos de marcas definidas, o quilo de mandioca variou entre R$ 2,98 e R$ 7,89.

Mariana Rinaldi destaca que os itens com maior variação são justamente os de uso corriqueiro, como os da cesta básica, produtos de limpeza, hortifrúti e proteínas. Segundo a especialista, é possível perceber uma tendência nos consumidores de adaptação na lista em busca de marcas mais econômicas.

“Essa movimentação deve-se a razões estruturais, como desvalorização cambial, alta dos combustíveis e fretes, além da subida da inflação, fatores que reduziram o poder de compra e o valor do dinheiro”, declarou.

 

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