Domingo, 29 de junho de 2025

Dinheiro esquecido nos bancos: o que acontece se não for feito o resgate

O Banco Central (BC) reativou na semana passada o sistema para consulta de dinheiro esquecido em instituições financeiras. Ao todo, 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de empresas têm cerca de R$ 6 bilhões a receber, segundo o BC.

Os saques poderão ser feitos a partir desta terça-feira (7), mas cabe a cada beneficiário acessar o sistema do Banco Central e solicitar o resgate dos valores.

Afinal, o que acontece caso o dinheiro não seja sacado e continue esquecido?

De acordo com o Banco Central, os recursos permanecem guardados pelas instituições até que, em algum momento, o resgate seja feito. Se isso não acontecer, o dinheiro vai continuar lá.

“Nesse período, eles [os valores] podem sofrer atualização monetária ou de descontos previstos em lei, em norma do Sistema Financeiro Nacional ou em contrato”, informou.

Mas as instituições – os bancos, por exemplo – podem usar de alguma forma esses recursos?

A resposta é não. Segundo a autoridade monetária do Brasil, esse dinheiro não pode ser utilizado pelas instituições.

“Os recursos ficam provisionados nas contas das instituições e não podem ser utilizados em suas operações”, esclareceu o Banco Central.

Existe algum projeto para rever a distribuição desses valores?

O BC afirmou, em nota, que não existem projetos em discussão para possíveis novas destinações dos recursos não resgatados. Na prática, o dinheiro continua guardado nas instituições.

“No momento, o foco é na devolução dos valores aos credores”, informou.

Consultas

O sistema do BC para consulta de valores esquecidos em instituições financeiras teve 15 milhões de acessos nos três primeiros dias de reativação de buscas, entre a última terça (28) e quinta-feira (2).

De acordo com o BC, foram 5,1 milhões de consultas públicas realizadas no primeiro dia, 5,6 milhões no segundo e, no terceiro, 4,3 milhões.

Do total, 4 milhões tiveram resultados positivos – ou seja, possuíam saldo a resgatar –, o que representa 27% do total. Outras 11 milhões (73%) não encontraram nenhum recurso a sacar.

Vale ressaltar que, se a mesma pessoa consultou duas vezes, o sistema contabilizou os dois acessos. Quem tiver dinheiro esquecido poderá sacar a partir desta terça.

Minoria

Um relatório do Banco Central sobre valores esquecidos mostra que 643.105 pessoas têm mais de R$ 1.000,01 a sacar.

Os dados também dão conta de que 4,6 milhões de pessoas têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos. A maior parcela de beneficiários, no entanto, é de quem tem até R$ 10: estes são, ao todo, 29,2 milhões de pessoas.

Os números são referentes ao total de contas – uma pessoa pode ter mais de uma conta aberta com dinheiro esquecido. Os dados divulgados nesta semana pelo Banco Central são referentes a janeiro de 2023.

 

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