Sábado, 13 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 13 de setembro de 2025
A direita brasileira enfrenta uma divisão interna sobre como reagir à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado.
O cenário político revela diferentes estratégias entre os grupos, especialmente no que diz respeito às medidas a serem tomadas após a decisão judicial. Com 88 deputados, a bancada do PL na Câmara, mesmo sendo uma das maiores, encontra-se isolada. A liderança do partido definiu como pauta única a busca por anistia aos condenados pela trama golpista, incluindo Bolsonaro.
No entanto, o andamento da proposta enfrenta obstáculos, já que o presidente da Casa não estabeleceu prazos nem indicou relator para o texto.
Articulações e resistência
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), planeja ir à Brasília nesta segunda-feira (15) para buscar apoio parlamentar ao texto da anistia.
Contudo, os principais líderes do Centrão se mostram divididos sobre a proposta. Uma parte do grupo prefere uma alternativa diferente: a revisão do Código Penal para reduzir as punições aplicadas aos crimes em questão.
Mesmo que uma eventual aprovação ocorra na Câmara, o projeto encontraria resistência no Senado. O senador Otto Alencar (PSD-BA), à frente da Comissão de Constituição e Justiça, já sinalizou a interlocutores que não pautará uma anistia ampla, efetivamente travando a medida.
Diante do impasse, a oposição busca outras frentes de atuação, como o investimento na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, especialmente após a Polícia Federal prender dois suspeitos de desvios em aposentadorias. As informações foram divulgadas pela CNN.