Quinta-feira, 08 de maio de 2025

Dólar avança e Bolsa brasileira tem leve queda em meio a alívio entre Estados Unidos e China

Em dia de Superquarta, em que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil tomam decisões importantes sobre suas políticas monetárias, o dólar fechou em alta de 0,62%, cotado a R$ 5,74, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou leve baixa de 0,09% no fim do pregão, aos 133.397 pontos.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano. Com isso, a taxa chega ao maior nível desde julho de 2006. A decisão foi unânime. A alta de 0,5 ponto percentual (p.p.) era a expectativa majoritária do mercado.

Na reunião anterior, o Copom havia sinalizado que faria um ajuste de “menor magnitude” nesta reunião considerando a “continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso”.

No mercado internacional, as atenções se voltam à guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a outros países. Após alguns dias em silêncio, novas atualizações sobre o tarifaço surgiram com China e EUA anunciando que vão se encontrar na Suíça para negociar alguma espécie de alívio. No entanto, não houve especificações sobre o tipo de acordo possível.

A isso se soma a decisão do Federal Reserve (Fed), banco central americano, sobre os juros nos Estados Unidos. Dentro das expectativas de analistas, a instituição confirmou que a taxa se manterá inalterada entre 4,25% e 4,5%. Na declaração oficial, o Fed afirmou que a economia do país “continuou se expandindo em um ritmo sólido”, mas a “incerteza quanto às perspectivas econômicas aumentou ainda mais”.

Operadores mantêm projeção de que Fed cortará taxa de juros somente em julho. Mas Powell acha “muito cedo” para ter certeza disso. Fumaça preta. Assim, os principais índices em Nova York terminaram o dia de forma mista. Mais cedo, na Europa, quedas.

“A manutenção dos juros sinaliza um voto de confiança do banco central na força da economia americana, já que as condições de mercado de trabalho e outros indicadores econômicos continuam estáveis, com exceção da contração no PIB americano no primeiro trimestre – que ocorreu especialmente por conta de uma forte antecipação de importações relacionada aos efeitos das tarifas (importações são uma subtração no cálculo do PIB)”, explicou Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

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