Terça-feira, 23 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 23 de dezembro de 2025
O dólar fechou em queda de 0,95% nesta terça-feira (23), cotado a R$ 5,5307. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera em alta, subindo 1,38% por volta das 17h, aos 160.321 pontos.
Apesar do calendário enxuto às vésperas do Natal, o dia trouxe dados relevantes para os mercados e foi marcado por maior apetite por risco. A prévia da inflação no Brasil e os indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos ajudaram a direcionar o humor dos investidores.
No Brasil, o IPCA-15 avançou 0,25% em dezembro e acumulou alta de 4,41% em 12 meses, permanecendo dentro do teto de tolerância da meta de inflação do Banco Central. O resultado veio levemente abaixo das projeções do mercado, de 0,27% no mês e 4,43% no ano.
Nos EUA, destaque para o PIB do terceiro trimestre, que registrou alta anualizada de 4,3%, acima da projeção de 3,3%. Também foram divulgados os dados de produção industrial de novembro e os indicadores de confiança do consumidor, utilizados para medir o ritmo da economia.
No mercado internacional, o ouro superou a marca de US$ 4.500 por onça, após registrar recorde de US$ 4.497,55. A valorização no ano já supera 70%, sustentada pela busca por proteção, expectativa de cortes nos juros americanos, compras de bancos centrais e movimento de desdolarização.
A bolsa brasileira, não terá pregão nesta quarta (24) e nem na quinta-feira (25), o que encurta a semana e tende a reduzir a participação dos investidores. Com isso, a expectativa é de menor liquidez ao longo dos próximos dias, um ambiente que costuma intensificar as oscilações dos preços.
Bolsas globais
Os índices em Wall Street abriram em baixa nesta terça-feira depois que dados econômicos mais fortes do que o esperado elevaram os rendimentos dos Treasuries, pesando sobre as ações de tecnologia.
O Dow Jones Industrial Average caía 0,13%, para 48.299,87 pontos. O S&P 500 perdia 0,07%, a 6.873,80 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 0,09%, para 23.407,70 pontos.
Já os mercados europeus encerraram o dia em alta, com o índice regional atingindo um novo recorde impulsionado pelo setor de saúde.
O destaque foi a forte valorização da Novo Nordisk, que disparou após obter aprovação nos EUA para seu medicamento oral para perda de peso, reforçando sua posição na disputa global por tratamentos contra obesidade.
No fechamento, o índice pan-europeu STOXX 600 avançou 0,4%, para 588,81 pontos. Em Londres, o Financial Times subiu 0,24%, a 9.889,22 pontos; em Frankfurt, o DAX ganhou 0,22%, a 24.337,08 pontos; enquanto em Paris o CAC 40 recuou 0,21%, a 8.103,85 pontos.
Em Milão, o FTSE/MIB teve alta de 0,03%, a 44.606,58 pontos; em Madri, o Ibex 35 avançou 0,14%, a 17.182,80 pontos; e em Lisboa, o PSI20 caiu 0,27%, para 8.169,20 pontos.
As bolsas asiáticas encerraram o dia com resultados variados. Na China, os índices subiram levemente, apoiados pelo avanço das ações de metais não ferrosos, em meio à disparada do preço do ouro para níveis recordes.
Também houve ganhos no setor de semicondutores, após notícias de que a Nvidia planeja enviar chips mais potentes para clientes chineses antes do Ano Novo Lunar.
Por outro lado, Hong Kong registrou queda, pressionada por perdas em empresas de tecnologia, como a Kuaishou, que sofreu um ataque cibernético.
No fechamento, o índice de Xangai subiu 0,07%, a 3.919 pontos, e o CSI300 avançou 0,20%, a 4.620 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,11%, a 25.774 pontos.
Outros mercados tiveram desempenho positivo: Nikkei, no Japão, ficou estável em 50.412 pontos; Kospi, na Coreia do Sul, ganhou 0,28%, a 4.117 pontos; Taiex, em Taiwan, subiu 0,57%, a 28.310 pontos; e Straits Times, em Cingapura, avançou 0,62%, a 4.638 pontos.