Por Redação do Jornal O Sul | 29 de abril de 2025
Nesta terça-feira, 29, o dólar registrou queda de 0,31% no fim do pregão, cotado a R$ 5,63 — menor nível desde outubro de 2024 –, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, fechou próximo à estabilidade, aos 135.092 pontos. Os negócios se movimentam de olho na divulgação do relatório Jolts nos Estados Unidos e em novos desdobramentos da guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No cenário internacional, as atenções se voltaram à divulgação do relatório Jolts, que mostra o número de vagas de emprego abertas no mês na economia americana. O resultado foi de 7,19 milhões de vagas criadas em março, ante a 7,5 milhões em fevereiro — abaixo das expectativas do mercado.
Os números sinalizam uma demanda mais fraca por mão de obra no país, o que dá amparo aos negócios devido à leitura de uma economia menos aquecida e à possibilidade de uma menor pressão inflacionária — consequentemente, um maior espaço para o Federal Reserve, banco central americano, iniciar um ciclo de afrouxamento monetário.
A isso se soma o comunicado oficial publicado pela Casa Branca, em que o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que o setor automotivo pode ser isento de tarifas comerciais extras sobre peças importadas necessárias para a fabricação dos veículos em solo americano. A medida, se concretizada, significaria um novo afrouxamento do “tarifaço” imposto por Trump, que vem gerando incertezas para a economia mundial desde o início deste ano.
No Brasil, a agenda econômica foi mais fraca, o que faz os negócios se movimentarem de olho nas notícias vindas do exterior. Após o fechamento, porém, informações importantes das empresas para o mercado serão divulgados.
Os investidores aguardam atentamente a publicação de relatório de produção e vendas da estatal Petrobras, uma das ações de maior peso no Ibovespa.
Ainda no mercado local, a alta de 0,24% do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação dos aluguéis, também se destacou por ter mostrado números inesperados por analistas, o que reacendeu preocupações sobre os preços dos produtos agrícolas e como isso afetará a inflação do país. O IGP-M é um dos índices que melhor traduz o preço das mercadorias antes de chegarem ao consumidor final.
“Esse ambiente mantém vivo o debate sobre a sustentabilidade do processo de desinflação dos alimentos e sustenta o interesse por ativos indexados a índices de preço”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad. As informações são da Revista Veja.
